Salvem as baleias: temporada provoca engarrafamento de embarcações para avistá-las
Muitas delas não seguem Manual de Boas Práticas em Interação com Mamíferos Marinhos do CMA-ICMBio, o que pode afastar os cetáceos, alerta biólogo
Verdadeiros engarrafamentos foram registrados nesta temporada das baleias. Não só de cetáceos, mas também de barcos apinhados de cariocas e turistas ávidos por avistá-los passando pela nossa costa. O fluxo migratório no litoral brasileiro aumentou de 1 000 indivíduos, em 1988, para 30 000 atualmente, principalmente por causa da proibição à caça, determinada em 1986 pela Comissão Internacional das Baleias.
+ O que que as Yabás têm? Livro revela 20 perfis e receitas das ‘mães rainhas’ do samba
+ Celular Seguro: Rio está em 2º lugar no ranking nacional de bloqueios por roubo
Só no ano passado, entre junho e agosto, estima-se que quase 400 indivíduos passaram pelo Rio a caminho de Abrolhos, na Bahia, em busca de águas quentes para procriar. “No rastro dos cetáceos, cresceu exponencialmente a quantidade de embarcações não especializadas na atividade de avistamento, que é regulamentada no Manual de Boas Práticas em Interação com Mamíferos Marinhos do CMA-ICMBio”, chama a atenção Ricardo Gomes, do Instituto Mar Urbano.
+ Contagem regressiva: FestMat une matemática e diversão em setembro
+ Lá vêm as noivas: Belina Ateliê casa tradição e modernidade em casarão de Laranjeiras
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
São barcos que nem sempre seguem a cartilha, com regras como a proibição de chegar a menos de 100 metros delas com o motor engrenado e que especifica que só duas embarcações podem se aproximar por vez e por no máximo trinta minutos. “Tem que respeitar, porque senão, no ano que vem, elas não voltam”, alerta o biólogo.