O bairro que ultrapassou Ipanema e Leblon no preço médio de imóveis amplos
Levantamento da Loft mostra que Joá lidera pódio do metro quadrado nobre, enquanto Gávea, Leme e Copacabana concentram os estúdios mais valorizados do Rio
O Joá ultrapassou Leblon e Ipanema e se tornou o bairro mais caro do Rio quando o assunto é mercado imobiliário. É o que mostra um levantamento recente da plataforma Loft sobre a valorização dos imóveis na cidade. A análise, feita a partir de 77 000 anúncios residenciais ativos entre agosto e outubro de 2025, indica tanto onde estão as unidades mais amplas — megaapartamentos que beiram os R$ 10 milhões — quanto os estúdios, a modalidade compacta de moradia, cujos apartamentos minúsculos já passam dos 28 000 reais por metro quadrado.
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Segundo o estudo, entre as unidades acima de 125 metros quadrados, predominam endereços tradicionalmente associados ao alto padrão, com imóveis espaçosos e vistas que funcionam como “varandas com cartão-postal”. O Joá lidera com folga, entre os bairros da cidade, marcando preços médios de R$ 9,7 milhões por cada imóvel. Em seguida aparecem Leblon (R$ 6,1 milhões) e Ipanema (R$ 5,5 milhões), que completam o pódio do metro quadrado nobre. Jardim Botânico, Barra da Tijuca, Lagoa e Gávea também figuram entre as regiões com os maiores valores residenciais.
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No extremo oposto do cenário imobiliário, em metragem, mas não necessariamente em preço por área, estão os estúdios, unidades compactas de moradia, de até 30 metros quadrados — categoria que reflete alta liquidez, forte demanda e oferta limitada em certas regiões.
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A Gávea encabeça a lista de estúdios com o maior tíquete médio (835 000 reais), seguida por Leme (560 000 reais), Copacabana (512 000 reais) e Jardim Botânico (424 000 reais). São bairros bem localizados, com poucos lançamentos compactos disponíveis e grande procura por parte de estudantes, jovens profissionais e investidores. “No recorte dos imóveis maiores, predominam bairros com vocação histórica para o alto padrão, onde foi possível comprar unidades amplas no período”, explica Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. Já no caso dos estúdios, segundo ele, “há o balanço entre boa localização e espaços muito escassos, o que faz cada metro quadrado custar caro. É o que ocorre com os imóveis na Gávea, no Leme e no Flamengo”.
Takahashi ressalta ainda que o Rio mantém dinâmica singular, marcada por contrastes dentro de poucas quadras. “É uma cidade de ‘ilhas premium’ ao lado de áreas onde a busca por imóveis compactos é gigantesca. Mesmo com juros altos, o mercado segue resiliente e diferentes perfis continuam aquecidos”, ressalta.
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