Avião da AA que ia para Nova York retorna ao Rio após falha
A cantora Elza Soares estava na aeronave e relatou que alguns passageiros ficaram nervosos. Causa teria sido um problema na turbina
Um avião da American Airlines (AA) que saía do Rio de Janeiro com destino a Nova York na noite desta quinta-feira (3) teve falha mecânica em um dos motores e precisou voltar para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). O voo AA 974,
que decolou às 21h30 do Rio, estava sobrevoando Brasília quando o piloto percebeu o super aquecimento de um dos motores e decidiu voltar ao aeroporto de base.
Diogo Guedes, 24, estava no voo e relatou à reportagem que os primeiros indícios de que o avião estava alterando a rota foram vistos na tela de cada poltrona, que permite ao passageiro acompanhar o trajeto da aeronave. Até então a tripulação não havia se pronunciado sobre alterações. Já por volta de 1h desta sexta-feira (4) o piloto informou aos passageiros que em 20 minutos o avião, um Boeing 777-300, pousaria no Galeão. “Estamos com um problema na turbina”, disse.
Os passageiros também foram informados de que, quando pousassem, estariam na pista viaturas da ambulância, Corpo de Bombeiros e polícia. “Mas não se preocupem, esse é um procedimento de segurança normal”, disse o piloto. O pouso ocorreu normalmente.
Guedes relatou que, assim que os passageiros chegaram ao saguão do aeroporto, havia uma equipe da American Airlines preparada para encaminhar passageiros para hotéis, organizar transporte de táxi custeados pela empresa e remarcar o voo.
O avião passou por manutenção e fará um voo extra às 20h desta sexta. Guedes conta que alguns passageiros embarcarão no voo, mas outros, como ele, optaram por voar no horário padrão, das 21h30. “Prefiro não viajar neste avião que já teve
falhas”, contou.
A cantora Elza Soares também estava no avião, e em entrevista ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo, disse: “Estava no voo. E na hora do aviso eu fiquei, meio que, sei lá, paralisada. Não sei se tive medo, não sei o que é que eu tive, só sei que tive uma
sensação muito estranha. Teve gente que chorava muito, teve gente que, entendeu, ficou calma. Eu pude manter a calma”.