Artista tem obra retirada de Festival de Inverno em Petrópolis

De acordo com o Sesc, realizador do evento, a retirada deu-se por determinação de autoridades, baseada em lei que dispõe sobre o uso dos símbolos nacionais

Por Da Redação
Atualizado em 28 jul 2025, 14h40 - Publicado em 28 jul 2025, 13h27
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Obra do artista visual Matheus Ribs foi removida de festival de Petrópolis (Arquivo pessoal/Reprodução)
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Uma releitura da bandeira do Brasil, com o losango vermelho ao invés amarelo, um círculo preto em substituição ao azul e onde lê-se”kilombo aldeya” no lugar de “ordem e progresso”, foi retirada do Festival Sesc de Inverno, em Petrópolis, na região Serrana, neste sábado (26). A obra do artista visual Matheus Ribs havia sido montada no dia anterior.

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De acordo com o Sesc, que lamentou o ocorrido, a retirada deu-se por determinação de autoridades, baseada na Lei 5.700 de 1971, que dispõe sobre o uso dos símbolos nacionais.

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“Cheguei à cidade no último dia 25, sexta-feira, para montar a obra. No entanto, no dia seguinte, ainda hospedado em Itaipava, recebi um telefonema da equipe do Sesc informando que a Guarda Municipal havia comparecido ao local e exigido a remoção da obra, alegando uma descaracterização do patrimônio nacional por se tratar de uma bandeira do Brasil”, afirmou o artista carioca ao G1.

Nas redes sociais, Matheus afirmou que a obra “KilomboAldeya é “um convite a imaginar outros projetos de Brasil, enraizados nas matrizes indígenas e afro-brasileiras, nos territórios de resistência e nos saberes historicamente silenciados”.

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A prefeitura de Petrópolis ainda não se manifestou. Em nota, o Sesc disse que reafirma “o compromisso com a promoção da cultura e da democracia” e expressou “solidariedade ao artista”.

“O Sesc RJ entende que a Constituição Federal de 1988 assegura a liberdade de expressão e considera que a diversidade de manifestações artísticas é fundamental para estimular o diálogo e a reflexão sobre temas relevantes para a sociedade”.

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Entidades ligadas à cultura e à defesa da liberdade artística cobram, nas redes sociais, explicações sobre a remoção da obra. O artista faz coro:

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“Uma lei completamente em desuso na sociedade brasileira foi utilizada para praticar um ato de censura, uma violação ao direito de livre expressão, ao direito de livre pensamento, ou seja, uma violação clara ao Estado democrático”, protestou.

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