Paisagem de sucata
O artista plástico Zemog nasceu em Minas, mas é no ateliê em Santa Teresa que transforma sucata em quadros e esculturas. Ou, como diz, faz “pintura sem pincel nem tinta”. É que ele usa a cor natural dos objetos que recolhe por aí, como tampinhas de garrafa e pregos. “Às vezes, na minha cidade, São Domingos, eu passava a tarde vendo o sapateiro segurar as tachinhas com a boca para deixar as mãos livres. E minhas ferramentas também são rudimentares”, afirma, na tentativa de explicar o gosto por materiais inusitados. Atualmente, Zemog participa da mostra Rio: Ritmos e Diversidade, no Museu Olímpico, na Suíça, com obras como Organismo Continental (foto). No Rio, seus trabalhos estão à venda na Galeria Marcia Barrozo do Amaral, em Copacabana.
Cardápio Imperial
O Carioca da Gema, tradicional reduto do samba, na Lapa, receberá novos ares em 9 de março. É que, nessa data, o projeto Carioca Imperial aporta na casa para promover um jantar baseado no último baile do Império, na Ilha Fiscal, na Baía de Guanabara, realizado em 9 de novembro de 1889. “Fazer um jantar no século XXI inspirado no Império foi um desafio. Hoje, temos uma vida corrida e não refletimos sobre a nossa história ou o porquê de certos hábitos”, diz Marianna Alvim, chef e sócia do Carioca da Gema. Para acompanhar os pratose as bebidas (fotos), um baile com os ritmos da época, como lundu e maxixe. “O intuito é mostrar a evolução da música brasileira”, explica Fábio Neves, diretor musical do evento.
O Rio no papel
Em meio à temporada de volta às aulas, as imagens-símbolo do Rio ganham evidência. Prova disso é a coleção de álbuns, blocos, cadernos e diários de viagem que tomou as vitrines de uma rede de papelarias da cidade. Entre os ícones escolhidos estão o indefectível grafismo do calçadão de Copacabana, além de representações do bonde de Santa Teresa, vendedores de mate, ciclistas e a orla carioca. Todos assinados pela ilustradora carioca Jana Glatt.
29.000 corredores…
…participarão da tradicional Maratona do Rio, que só acontece em maio, mas já está com as inscrições esgotadas. E, pela primeira vez, desde que o evento começou, em 2003, a maioria dos atletas na categoria Meia Maratona (21 quilômetros) será de mulheres, representando 53% do total de 13 500 participantes. Na Olympikus Family Run, de 6 quilômetros, o sexo feminino também lidera, com 70% entre os 7 000 inscritos. Segundo os organizadores, a presença feminina cresce a cada ano. Em 2014, as mulheres eram 45% e, no ano passado, 49%. O evento, com provas de 6, 21 e 42 quilômetros, distribuirá cerca de 200 000 reais em prêmios. E mais um extra para quem quebrar o recorde da prova.