Um recomeço de gala
Mostra reabre o Paço Imperial com 186 obras da Coleção Itaú produzidas entre 1911 e 2011
Cnqueiro Olavo Setubal (1923-2008), a Coleção Itaú reúne cerca de 12?000 itens. Só de arte brasileira são 3?600 obras que abrangem diversas épocas e movimentos. Uma fatia do acervo, com peças do século XIX, pôde ser vista pelos cariocas no ano passado, no Museu Nacional de Belas Artes. Pois um novo recorte desse expressivo patrimônio chega ao Rio com a exposição 1911 ? 2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú. A mostra, que marca a reabertura do Paço Imperial após seis meses em reforma, vai exibir 186 pinturas, esculturas e instalações, selecionadas por Teixeira Coelho, diretor do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Daniela Thomas e Felipe Tassara assinam a cenografia.
Dividida em seis módulos sequenciais, a atração ocupa o 1º andar do histórico imóvel. O percurso começa pelo setor A Marca Humana, que dá ênfase ao figurativismo e remete aos riada há mais de seis décadas pelo baprimórdios do modernismo no Brasil. Exemplar do período é o óleo sobre tela A Pequena Aldeã, pintado por Lasar Segall em 1911. Também integra essa seção a série completa de estudos de Portinari para o painel Ciclo Econômico, de 1938, que decora o Salão de Audiências do Palácio Gustavo Capanema, no Centro. Com essas pinturas, o Rio terá oito obras a mais do que a edição da mostra em Belo Horizonte, realizada entre julho e setembro. Os demais setores são batizados de Irrealismos, Modos de Abstração, A Contestação Pop e Na Linha da Ideia. Para encerrar o trajeto, Outros Modos, Outras Mídias exibe as produções mais recentes do conjunto, como a videoinstalação Cristaleira, de Eder Santos.
1911 ? 2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú. Paço Imperial. Praça Quinze de Novembro, 48, Centro, ☎ 2215-2622. → Terça a domingo, 12h às 18h. Grátis. Até 12 de fevereiro. A partir de sexta (18). https://www.pacoimperial.com.br.