Após vídeo polêmico, Paes endurece controle sobre apresentações em escolas
Nas imagens que viralizaram nas redes sociais, alunos da rede municipal aparecem assistindo a um grupo que dança ao som de música com conotações sexuais
Crianças e adolescentes estão reunidos no pátio de um colégio municipal, quando uma mulher surge com uma máscara de cavalo cobrindo o rosto e “galopando” em um homem, na frente dos alunos, ao som de um funk intitulado “Cavalo ficou tarado”, com conotações sexuais. No fim, outros três homens se apresentam fazendo “passinhos” e usando roupas típicas de bailarina. “Olha os cavalos no cio”, “Vem mulher, vem galopando que o cavalo tá chamando”, “Cavalo ficou danado, galopa de frente, galopa de lado”, “Ela toma, ela vai pra frente, ela vai pra trás”, “Depois senta e rebola” são trechos da trilha sonora do evento. As imagens, que viralizaram nas redes sociais, deixaram o prefeito Eduardo Paes indignado. Ele usou as redes sociais, na noite desta segunda (28), para se manifestar contra a apresentação.
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“Eu queria entender o que que se passa na cabeça de alguém que acredita que isso aqui é algo que possa ser apresentado para crianças. Eu reagi como qualquer pessoa lúcida que vê essa gravação: com muita indignação e com repúdio. Criança está na escola para estudar, para aprender, para desenvolver as habilidades. Nós vamos endurecer o controle sobre qualquer apresentação, atividade ou palestras feitas nas escolas municipais da cidade, principalmente por esses grupos independentes, para que isso não volte a acontecer. Eu não admito que a gente desperdice tempo e exponha as crianças a esse tipo de conteúdo. Não é possível que alguém considere adequado ao ambiente escolar”, diz Paes no vídeo que postou. O nome da escola não é citado, mas a apresentação teria acontecido no Ciep Luiz Carlos Prestes, na Cidade Deus, na Zona Oeste.
O prefeito também destaca que o grupo está proibido de se apresentar em qualquer escola do Rio. Ele também alega que os integrantes informaram à direção do colégio que se travava de um conteúdo de classificação livre. “Esse grupo, obviamente, está proibido de se apresentar em qualquer escola. Se houver qualquer recurso público envolvido, ele terá que ser devolvido, porque a prefeitura só autoriza atividades de classificação livre nas escolas. Aliás, pelo que eu soube, mais uma má fé desse grupo que se apresentou à direção da escola como se esse absurdo fosse de classificação livre”, continuou. Segundo ele, “a prefeitura do Rio tem um projeto claro para educação que é contratar professores, construir escolas, ampliar vagas em creches, ensino em tempo integral, investir em tecnologia e fazer do Rio referência no ensino de matemática”.
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Em nota, a Secretaria municipal de Educação informou que repudia completamente a apresentação. Foi proibida qualquer apresentação do grupo nas unidades da rede municipal, além de ter sido aberta uma sindicância para apurar o caso.