Aplicativo narra a rotina carioca no século XIX e no início do XX
A Casa da Marquesa de Santos, em obras para virar o Museu da Moda, em São Cristóvão, lança app sobre os costumes dos séculos passados
Era muito bonita e tornou-se uma das amantes mais conhecidas do país. Tinha como nome de batismo Domitila de Castro Canto e Melo, mas ficou famosa como a marquesa de Santos, que namorou o imperador dom Pedro I, então casado com Maria Leopoldina da Áustria. Endereço de Domitila no Rio, erguido em 1826, a Casa da Marquesa de Santos, em São Cristóvão, está em obras e vai se transformar no Museu da Moda Brasileira, com expectativa de abertura em 2017. Enquanto não se encerram os trabalhos, a Secretaria Municipal de Cultura se vale da internet para movimentar a instituição. Há duas semanas, disponibilizou um aplicativo para smartphones e tablets com informações, fotos e ilustrações que, além de mostrar como a dona da residência sempre esteve ligada à vanguarda política e cultural, oferecem um panorama dos usos e dos costumes da época. A curadoria é do historiador Paulo Rizzotti, e os internautas poderão ver detalhes sobre vestuário, acessórios e objetos que revelam o dia a dia de um tempo em que a cidade era a capital do Império, com destaque para personagens como o visconde de Sapucaí, que residiu naquela casa entre 1838 e 1843. Em 1872 ele virou marquês, dando nome à rua que desde os anos 70 do século XX recebe os desfiles das escolas de samba. “Moda significa memória, identidade. Nosso estado tem ótimos estilistas, uma indústria têxtil expressiva, e merecia mesmo esse museu”, disse a secretária estadual de Cultura, Eva Doris Rosental, no dia da apresentação da novidade. O aplicativo traz ainda um roteiro de São Cristóvão, com opções de lazer e pontos de educação e de esporte. Ao lado, três exemplos de telas do app.