CV obriga mototaxistas a trabalhar em app de transporte próprio
Chamado Rotax Mobili, recurso tinha até slogan: 'O único aplicativo de viagens de carro e moto que passa pela barricada e te deixa na porta de casa'
Depois do botijão de gás e do gatonet, traficantes cariocas arranjaram uma lucrativa forma de ganhar mais dinheiro nos territórios que ocupam no Rio. Segundo investigações da Polícia Civil, pelo menos 300 mototaxistas foram coagidos pelo Comando Vermelho a instalar um aplicativo desenvolvido pela própria facção há pelo menos 3 meses. Estima-se que o app do CV gerava R$ 1 milhão por mês. Os policiais deflagraram nesta sexta (8) a Operação Rota das Sombras, contra o esquema de transporte clandestino mantido pelo tráfico na Vila Kennedy, em Bangu, na Zona Oeste. Plataformas oficiais, como a Uber e a 99, eram proibidas de operar na região.
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Agentes da 34ª DP (Bangu) saíram para cumprir sete mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão. Até o fim da manhã desta sexta (8), quatro pessoas haviam sido presas, em diligências não só na cidade do Rio, mas também em Niterói, São Gonçalo e em Rio Bonito. Um dos alvos era Jorge alexandre, conhecido como Sombra. Os policiais investigam os desenvolvedores do aplicativo. Um deles tem um escritório na Barra da Tijuca. Na operação desta sexta (8), uma central clandestina foi desmontada. Em um dos endereços, foram apreendidos R$ 300 mil em espécie. Em outro, uma BMW blindada.
“Há informações de tentativa de implementar este aplicativo em outras regiões”, contou o delegado Alexandre Cardoso, em entrevista à Globonews. O app, chamado Rotax Mobili, tinha até slogan, ouvido pelos usuários assim que instalavam o recurso no celular: “O único aplicativo de viagens de carro e moto que passa pela barricada e te deixa na porta de casa”. As investigações apontam que o esquema era dividido em dois núcleos: um responsável por coagir e controlar os motoristas com ameaças e extorsões, e outro encarregado de gerenciar as finanças, repassando todo o faturamento ao chefe do tráfico local. Empresas de fachada eram utilizadas para lavar o dinheiro e dar aparência de legalidade à operação.
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Para a polícia, o modelo demonstra como facções estão diversificando atividades ilícitas, explorando setores da economia urbana que dependem da mobilidade local e da ausência de fiscalização efetiva.
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