Animais marinhos raros são flagrados em expedição na Baía de Guanabara
Biólogos do Instituto Mar Urbano já flagraram, fotografaram e filmaram em alta resolução exemplares do polvo-pigmeu e da raia treme-treme
Para além das baleias e golfinhos que, principalmente nesta época do ano, dão mais vida à Baía de Guanabara, um sem número de animais marinhos está fora do foco que quem observa suas águas. Cavalos-marinhos, tartarugas-verdes, peixes-pedra e peixes-morcego, assim como espécies raras, como o polvo-pigmeu e a raia treme-treme, têm sido encontrados, fotografados e filmados em alta resolução por biólogos em mergulhos semanais desde o início do ano.
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É a primeira vez que o fundo da baía é registrado desta maneira, em expedições do projeto Águas Urbanas, do Instituto Mar Urbano. As espécies marinhas resistem à poluição – por dia, são despejados ali quase 100 toneladas de lixo – e enchem o mar de cor e movimento. Também foram observados de perto bancos de corais e esponjas.
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“O objetivo é abrir a janela do fundo do mar. Queremos mostrar para a sociedade que, mesmo em meio à poluição, o meio ambiente resiste. O foco principal é a educação, tornar públicas as riquezas ocultas da Guanabara”, disse ao jornal O Dia o biólogo e fotógrafo Ricardo Gomes, de 55 anos, que é diretor do Instituto Mar Urbano e mergulha há 40 na Baía de Guanabara.