O que sabe sobre caso de aluno com autismo agredido por professor

Caso aconteceu numa escola particular na Zona Oeste do Rio, em 2024, mas mãe só teve acesso às imagens da agressão seis meses depois

Por Da Redação
Atualizado em 7 abr 2025, 14h30 - Publicado em 7 abr 2025, 13h25
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Agressão no tatame: 'mãe, o professor me deu uma rasteira, me jogou no chão, eu bati com a cabeça muito forte no chão, meu pescoço ficou doendo. Ele botou o dedo na minha cara e falou: 'se você fizer isso novamente eu vou te meter porrada', contou a mãe do menino (TV Globo/Reprodução)
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Uma criança de 11 anos, com transtorno do espectro autista, foi agredida por um professor de capoeira durante uma aula no Centro Educacional Meirelles Macedo, em Guaratiba, na Zona Oeste. O caso, que aconteceu em setembro do ano passado, veio à tona após a mãe do menino, Joyce Siqueira, denunciar a agressão. Toda a cena foi filmada, mas as imagens foram liberadas em março e exibidas pelo Fantástico, da TV Globo, neste domingo (6).

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Em entrevista ao programa, Joyce, contou que o filho Guilherme estava tendo dificuldades em realizar um exercício e o professor, Vitor Barbosa, orientou que ele usasse uma bola para treinar. Quando o menino pediu a bola a duas colegas, mas elas se recusaram a entregá-la, o que o deixou irritado. Ele então chutou a bola, recebendo um tapa na cabeça de uma das meninas. O professor então dá uma rasteira no menino, jogando-o no chão e segurando-o pelo pescoço. Segundo a mãe, ele ameaçou o menino: “Ele falou: ‘mãe, o professor me deu uma rasteira, me jogou no chão, eu bati com a cabeça muito forte no chão, meu pescoço ficou doendo. Ele botou o dedo na minha cara e falou: ‘se você fizer isso novamente eu vou te meter porrada.’ Eu jamais imaginei que meu filho pudesse ser agredido dentro de uma escola”, contou Joyce.

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A escola suspendeu o aluno por dois dias, alegando que ele desrespeitou o professor e agrediu fisicamente os colegas. Joyce só conseguiu agendar uma reunião na escola cinco
dias após o ocorrido. “Eu cheguei lá para conversar, para entender o que tinha acontecido e eu saí de lá sem uma resposta. Ninguém falou, assim, ele não foi agredido. Porque eu só queria ouvir isso. Ou ele foi, mas nós tomamos as medidas. A minha vontade é que ele não colocasse mais os pés dele nessa escola”, disse Joyce.

Só seis meses depois da agressão, durante uma audiência, é que ela teve acesso às imagens da aula de capoeira. “E eu olhei para o professor, quando eu saí do fórum, e eu falei para ele: ‘Eu vi o que você fez com o meu filho’. Meu braço formigou, meu rosto tremeu, e eu fui parar no hospital”, relatou a mãe. Joyce chegou a matricular o filho em outra escola, mas ele não conseguiu se adaptar e agora recebe aulas em casa. “Ele passou a ter muitas desregulações, ele batia na cabeça, batia a cabeça na parede, coisa que nunca aconteceu aqui em casa, passou a acontecer. Fiquei muito mal”, disse.

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A defesa do professor Vitor Barbosa afirmou que a intervenção foi uma técnica de  imobilização para impedir novas agressões e que a situação foi prontamente controlada. O Centro Educacional Meireles Macedo informou, em nota, que adotou todas as providências cabíveis e que o professor não está mais vinculado à instituição.

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