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O que se sabe sobre caso de aluno amarrado em cadeira em escola particular

Maple Bear do Méier é processado por danos morais e docente responde a inquérito por maus-tratos após denúncia de responsável pelo menino, de 5 anos

Por Da Redação
Atualizado em 26 set 2024, 15h14 - Publicado em 26 set 2024, 13h16
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Flagrante: professora usa fita adesiva para amarras aluno em cadeira da Marple Bear do Méier (./Reprodução)
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Um aluno de 5 anos de idade foi amarrado numa cadeira, usando fita adesiva, por uma professora do Maple Bear Méier, colégio particular bilíngue, durante uma atividade em sala de aula. A cena, gravada por câmeras de segurança do estabelecimento, aconteceu no último dia 8 de maio e foi denunciada pela mãe da criança. Segundo ela, num primeiro momento, a direção da unidade escolar afirmou à família que a profissional havia recebido uma advertência verbal, mas, quarta (18), a rede Maple Bear informou, em nota, que a professora não faz mais parte de seus quadros. Os pais do menino processam a unidade de ensino, e a docente é alvo de um inquérito policial por maus tratos. No processo judicial está sendo pedida reparação de danos morais.

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Nas imagens, é possível ver o menino se levantando para manusear um estojo. A professora o segura pelos braços e o coloca sentado na cadeira, empurrando-a para mais perto da mesa. Em seguida, a criança gesticula estendendo o estojo. A profissional, então, pega uma fita adesiva e amarra o aluno ao encosto da cadeira. Outra funcionária da escola se aproxima, mas não intervém. A criança tenta se levantar de novo, e dessa vez, a professora o contém com um dos braços. Depois, a docente vai para a frente da turma e começa a dar uma explicação. O menino, incomodado, tenta se livrar da fita, sem conseguir. Minutos depois, dois colegas se aproximam e conseguem retirar o adesivo.

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“Ele falou que foi amarrado depois de levantar duas vezes para guardar material e que estava muito triste porque os amigos riram. Disse também que foram os amigos que ajudaram a salvá-lo. Em casa, entreguei uma fita adesiva para ele e pedi para ele repetir o que havia acontecido. Ele amarrou o pai à cadeira pela cintura”, contou ao jornal O Globo a mãe da criança, uma analista financeira de 36 anos. Ela foi ao colégio no dia seguinte e pediu para ver as imagens. Na ocasião, a professora disse que foi uma “brincadeira infeliz”. O menino ficou duas semanas sem frequentar a escola, que frequentava desde os 2 anos. Mas pediu para voltar e os pais concordaram. “Ele voltou. E ficou até chegar o momento em que começou a dizer que a escola não estava mais legal. Aí o tirei de lá em junho. Saíram meu filho e mais nove alunos da turma. As pessoas têm que entender que o papel do colégio é educar. E o que mais dói é que a escola foi conivente. Não demitiu a professora”, acrescentou. De acordo com ela, o filho está bem na nova escola e faz terapia.

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Leia a íntegra da nota da rede Maple Bear:

“Ciente do nosso compromisso de zelar pela dignidade de nossos estudantes, informamos que não toleramos qualquer tipo de tratamento constrangedor ou vexatório por parte de nenhum membro de nossas escolas franqueadas e situações como essa são sempre conduzidas com extremo rigor. Vale ressaltar que atualmente a professora em questão não faz mais parte do quadro de colaboradores da unidade franqueada.

Por fim a rede reforça que estimula a adoção de critérios rigorosos para recrutamento e seleção de talentos, bem como promove diversas capacitações ao staff desde a contratação. As escolas também promovem práticas junto aos colaboradores com temáticas de saúde mental, regulação emocional e segurança psicológica, com o objetivo de promover um ambiente saudável e harmonioso dentro de nossa comunidade escolar.

O caso tramita em segredo de justiça para preservar a criança”.

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