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O carioca não tem paz: Rio está em alerta por infestação de Aedes aegypti

Mosquito transmite dengue, zika e chikungunya; pricipais focos estão na Zona Oeste, além da Gamboa e da Cidade Nova

Por Da Redação
Atualizado em 3 Maio 2022, 12h27 - Publicado em 3 Maio 2022, 12h19
Aedes aegypt
Dengue: plano de contingência da prefeitura prevê, entre outras mdeidas, o uso de carros-fumacê nas regiões com maior incidência de casos e a entrada compulsória em imóveis fechados e abandonados para inspeção e busca de possíveis focos do mosquito Aedes aegypt. (Banco de imagens/Reprodução)
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Nem bem a Covid-19 começou a dar uma trégua, arboviroses como dengue, zika e chikungunya não deixam o carioca relaxar: a cidade do Rio está em situação de alerta para a infestação pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor destas doenças, bem conhecidas por aqui. segundo o primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) realizado no município após a pandemia do coronavírus, e feito por amostragem pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) entre 4 e 8 de abril, o Índice de Infestação Predial (IIP) do Rio está em 1,1%. Ou seja: dentro da faixa de alerta, que vai de 1% até 3,9%. Entre as quase 250 áreas pesquisadas, seis estão com um índice superior a 3,9%, ou seja, em nível de risco. Quatro delas ficam na Zona Oeste.

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Na primeira edição da pesquisa no Rio após a pandemia, 97.283 imóveis foram vistoriados, de acordo com a SMS. Para chegar a eles, o território da cidade foi dividido em 248 estratos, segmentos para fins estatísticos que não coincidem com os limites geográficos dos bairros. Cada estrato tem entre 8,2 mil e 12 mil imóveis com características semelhantes, dos quais 20% são visitados por agentes de vigilância ambiental para inspeção de possíveis criadouros do mosquito.

Os estratos na faixa de risco ficam nos bairros de Campo Grande, Guaratiba, Pedra de Guaratiba, Cosmos, Paciência e Santa Cruz, na Zona Oeste, além de Gamboa e Cidade Nova, no Centro, e Campinho e Madureira, na Zona Norte. A SMS informa que reforçará as ações de controle ao vetor nessas regiões. Dos estratos restantes, mais da metade (132) ficou com IIP “satisfatório”, abaixo de 1%, e 110 ficaram em nível de alerta.

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Para o subsecretário municipal de Vigilância em Saúde, Márcio Garcia, a cidade como um todo teve um bom resultado na pesquisa, apesar de estar em nível de alerta: “Estamos numa pandemia, o sistema de saúde foi prejudicado porque todas as atenções se voltaram para a Covid. Pensando nisso, é um bom resultado. Quando olhamos a distribuição do LIRAa, é importante assumir que, embora o resultado para toda a cidade seja bom, temos áreas que nos chamam atenção e que precisam de mais cuidado”. Na última edição do LIRAa antes da pandemia, em fevereiro de 2020, o município se encontrava na mesma faixa, com IPP de 1%.

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Considerando que as arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti têm uma forte influência sazonal e que o mês de maior atividade do vetor (abril) já passou, as chances de uma nova epidemia num futuro próximo são baixas, de acordo com o subsecretário. Ele lembra ainda que as arboviroses não dependem apenas da presença dos criadouros, mas também do mosquito e do vírus. “A gente tem, sim, uma preocupação, porque 44% do município está em alerta. É muito importante que a população colabore, prevenindo a proliferação do mosquito, deixando que os agentes entrem nas casas e façam a inspeção… Além da questão dos recipientes domésticos, temos o problema do lixo, da sucata e dos ferros-velhos, muito presente em Bangu, por exemplo. São espaços propícios para o surgimento de focos”, explica Garcia ao jornal O Globo.

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