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Rio sem água: abastecimento só será normalizado no domingo (1º)

Manutenção do Guandu foi concluída no prazo, mas retomada do abastecimento foi adiada a pedido das distribuidoras; Paes e Alerj cobram explicações e punições

Por Da Redação
29 nov 2024, 13h36
Estação de tratamento de Guandu
Estação de tratamento de Guandu: manutenção anual programada para terça (27) terminou no prazo (Divulgação/Veja Rio)
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A normalização da distribuição de água no Rio tem novo prazo: segundo as concessionárias Iguá Saneamento e a Águas do Rio, o abastecimento só estará 100% restabelecido ao meio dia de domingo (1º). O problema começou no primeiro minuto da terça passada (26), quando a produção de água foi suspensa pela Cedae para a manutenção anual programada. Os reparos da empresa foram concluídos às 22h daquele mesmo dia, mas os das distribuidoras, não. Para completar, só na noite desta quinta (28) a Águas do Rio terminou de reparar uma adutora que se rompeu em Rocha Miranda, matando uma idosa de 79 anos. O abastecimento ainda demora 72h para voltar ao normal, de forma gradativa. Por conta da demora, a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) informa que a Águas do Rio será convocada para prestar explicações em audiência pública. E o prefeito Eduardo Paes usou as redes sociais para exigir rigor na aplicação de punições pelo Procon Carioca. Ele destacou que, embora o abastecimento de água seja responsabilidade estadual, o município dispõe de instrumentos para agir em defesa da população.

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“É absolutamente compreensível que o sistema de água da cidade do Rio tenha que passar por sua manutenção anual. Obviamente, ideal seria que isso acontecesse no inverno. Mas imagino que existam razões para que não aconteça assim. O que não dá para aceitar é que, passadas as 24hs dessa manutenção, o abastecimento de água ainda não tem sido normalizado”, postou o prefeito, enfatizando que a situação afeta hospitais e clínicas, colocando vidas em risco: “Não bastasse o transtorno que está causando à população em várias áreas da cidade, existem prédios como hospitais e clínicas que passam por situações que implicam inclusive em risco de vida pela demora na normalização do abastecimento”. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, várias unidades da rede funcionaram parcialmente nesta quinta (28) devido ao desabastecimento de água. Apesar disso, não houve interrupção do funcionamento, e as consultas agendadas foram mantidas. Apenas os serviços que necessitavam do uso de água foram suspensos. A Secretaria estadual de Saúde informou que as unidades afetadas pelo desabastecimento foram atendidas por carros-pipa e que delas teve seu funcionamento interrompido.

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Já o vice-presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj, deputado Dionísio Lins (Progressista), encaminhou requerimento de informações para a direção da Águas do Rio, preocupado com as milhares de pessoas que moram próximos de adutoras e desconhecem sua localização e a real condição em que elas se encontram. “Queremos saber, por exemplo, se nessas adutoras e tubulações existem sensores de pressão para evitar que na hora da reabertura do sistema, a pressão seja maior do que a determinada; o número de adutoras existentes e onde estão localizadas, qual o valor atual dessa pressão e até quanto a tubulação resiste, como é feito esse controle e se os responsáveis estão capacitados para esse serviço, quantos sensores existem e onde são instalados e ainda se é realizada a alguma vistoria semanal pelas equipes responsáveis pela manutenção da rede”, enumera Vários bairros do Rio e de municípios da Baixada ainda aguardam a chegada da água na manhã desta sexta (29). A Universidade do Estado do Rio (Uerj) não teve atividades acadêmicas no Campus Maracanã pelo 2° dia seguido. As unidades da Tijuca e do Engenho Novo do Colégio Pedro II também suspenderam as aulas.

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