Caso Rodrigo Crespo: operação mira PM suspeito de participar da execução
Além de Leandro Machado, que é miliciano e já foi preso por homicídio, outro suspeito, Eduardo Sobreira Moraes, também é procurado
A Polícia Civil iniciou uma operação para prender dois envolvidos na execução do advogado Rodrigo Marinho Crespo, ocorrida no último dia 26. Os alvos são o policial militar Leandro Machado da Silva, que segundo as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital, alugou um dos Gols brancos usados no crime, e Eduardo Sobreira Moraes, responsável por vigiar a vítima. Os dois são investigados por homicídio qualificado. A ação também tem o objetivo de cumprir cinco mandados de busca e apreensão.
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De acordo com os investigadores, dois veículos semelhantes — modelo Gol branco — foram usados no crime. O PM Leandro Machado, lotado no 15º BPM (Duque de Caxias) e que já foi investigado e preso pela prática de homicídio e por integrar grupo paramilitar, seria o responsável por coordenar toda a logística da ação. Ele teria entregado um dos carros para Eduardo que, ainda segundo as investigações, seguiu o advogado de casa até o local de trabalho, na última segunda (26). Eduardo, então, ficou vigiando a movimentação até o início da tarde, quando cedeu o lugar a um veículo semelhante, com o executor do crime.
Segundo os agentes, o Gol branco placa RKS 6H29 esteve perto do prédio de Rodrigo, no Humaitá, não apenas no dia do assassinato, mas também nos dias 22, 24 e 25 de fevereiro. Com base no relato de testemunhas, foi possível identificar Eduardo, de 47 anos, e confirmar que ele esteve em pelo menos duas ocasiões: no sábado dia 24 de fevereiro e na manhã da segunda do dia 26, dia do crime. Este automóvel continua sendo procurado pela polícia, que já sabe que ele é clonado. O verdadeiro e um segundo clone já foram encontrados pela Delegacia de Homicídios. Esse clone foi apreendido.
Já o outro carro, de placa RTP-2H78, foi apreendido no último sábado (2) em Maricá, Região Metropolitana. Os agentes descobriram que o veículo pertence à uma locadora de automóveis, localizada na Zona Oeste do Rio. Após o crime, o Gol foi devolvido no dia 29, três dias depois do homicídio. Quando os policiais receberam a informação de que ele estaria circulando por Maricá, o encontraram já com um novo locatário, que o havia alugado na última sexta (1).
Segundo a Polícia Militar, O envolvido já estava afastado do serviço nas ruas, pois responde a um outro inquérito por participação em organização criminosa, tendo sido preso preventivamente em abril de 2021. A Corregedoria já havia instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar em relação ao policial, que pode culminar com sua exclusão da corporação. As defesas dos acusados não foi localizada.
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O advogado foi morto com diversos disparos de pistola nove milímetros na calçada da Avenida Marechal Câmara, no Centro, pero do prédio em que fica seu escritório e a poucos metros das sedes do Ministério Público Estadual do Rio, da Defensoria Pública e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Rio. Ele havia descido com um sobrinho para lanchar. Enquanto se deslocavam pela avenida, um homem encapuzado desceu da parte de trás de um dos veículos ecomeçou a atirar contra o advogado.