“Faria de novo”, diz adolescente que matou pais e irmão em Itaperuna
O menor, de 14 anos, responderá por atos infracionais equivalentes a triplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver

Um crime chocou os moradores do distrito de Comendador Venâncio, em Itaperuna, no interior do Rio de Janeiro. Um jovem de 14 anos confessou ter matado os pais e a irmão mais novo, de apenas 3, na madrugada do sábado (21).
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O acusado afirmou ter dissolvido comprimidos e dopado os familiares antes de atirar neles com uma arma de fogo. Depois, levou os corpos à cisterna do quintal de casa, onde ficaram até a manhã de quarta-feira (25), quando foram localizados pelas autoridades. O menor foi descoberto três dias após o crime, ao comunicar o desaparecimento dos pais à avó, que reportou à polícia.
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Em depoimento nesta quinta (26) à A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, o adolescente relatou ter tomou um energético para se manter acordado e, durante a madrugada, pegou a arma que o pai escondida debaixo do colchão para realizar os assassinatos. “Ele conversou de boa, frio, com respostas rápidas. Indagado por um investigador se voltaria no tempo, ele disse que não se arrependeu e que faria tudo de novo”, relatou o delegado Carlos Augusto Guimarães, da 143ª DP (Itaperuna), à CNN Brasil.
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Segundo o oficial, a motivação ainda não foi confirmada. No entanto, a possibilidade da ajuda virtual de uma “namorada”, com quem ele se relacionava desde os 8 anos por meio de um jogo online, está sendo analisada. A razão seria a recusa dos pais em permitir que o adolescente viajasse até o Mato Grosso para conhecê-la. Além disso, as investigações apontam que o menor pesquisou como sacar o FGTS de pessoas falecidas, ao descobrir que o pai tinha um saldo de aproximadamente R$ 33 mil.
Inicialmente, o jovem alegou que o irmão havia se engasgado e sido levado ao hospital pelos pais. A polícia, então, realizou uma busza nas unidades de saúde da região. Foi na vistoria autorizada na casa, na terça (25), em que um forte odor vindo da cisterna, manchas de sangue e sinais de queima expuseram a cena do crime. A mala de viagem já estava organizada e levava os celulares dos pais. A arma, que possuía registro, foi encontrada na residência da avó, emocionalmente abalada pela situação.
O adolescente foi apreendido e responderá por atos infracionais análogos a triplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.