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Quem é Adilsinho, contraventor que defende “nova cúpula do Jogo do Bicho”

Apontado como chefe da máfia de cigarros é patrono do Salgueiro, fez festa milionária em hotel e já criou clube de futebol

Por Da Redação
2 abr 2024, 19h24
Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho
Adilsinho: festa de luxo no Copacabana Palace gerou polêmica devido à aglomeração de pessoas em um momento de distanciamento social, na pandemia. (Internet/Reprodução)
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O nome de Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, tornou-se conhecido durante a pandemia de Covid-19, quando promoveu uma festa de luxo no Copacabana Palace que gerou polêmica devido à aglomeração de pessoas em um momento de distanciamento social. O evento, com celebridades entre os convidados, destacou a extravagância associada a este personagem, que vem ganhando destaque de uma série de investigações. O homem que contratou famosos como Ludmilla, Gusttavo Lima, Alexandre Pires e Mumuzinho para cantar para 500 pessoas, num rega-bofe que R$ 4 milhões, segundo apuração da TV Globo, está envolvido na máfia do monopólio dos cigarros ilegais no Rio, além de ser uma figura conhecida nos círculos do jogo do bicho, onde defende a constituição de uma “nova cúpula”.

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Patrono da escola de samba Salgueiro, sua influência se estende em várias frentes do crime organizado. Em 2010, fundou o Clube Atlético Barra da Tijuca, numa tentativa de participar também do mundo esportivo. Em meio às acusações que pairam sobre ele, sua defesa afirma que ele é inocente. O time chegou a disputar divisões inferiores do campeonato estadual. Além de fundador, Adilsinho atuou na agremiação como jogador e batedor oficial de pênaltis.

Segundo o RJ-TV, da TV Globo, a máfia do cigarro que Adilsinho comanda já controla ao menos 45 dos 92 municípios do estado. E ele é apontado como controlador de parte do jogo do bicho em uma área importante da Região Metropolitana do Rio. Recentemente, segundo apurou a TV Globo, expandiu os negócios tomando áreas da Zona Sul, Centro e Zona Norte da capital, que eram controladas pelo bicheiro Bernardo Bello, que está foragido e teria perdido força no cenário.

Um diálogo interceptado pela polícia indica, segundo investigadores, o poder de Adilsinho no mundo do bicho e sua influência no negócio dos cigarros ilegais. “Jogo de bicho, contravenção, é família. É máfia. Maior máfia do Brasil. Não entra ninguém de fora”, diz um dos homens apontado como comparsa do grupo. Não por acaso, assim como os antigos bicheiros, queria uma escola de samba pra chamar de sua. Foi no mês passado que ele assumiu a presidência de honra do Salgueiro.

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Na conversa acima, apreendida pela polícia no celular de José Ricardo Simões, acusado de envolvimento na morte de Marquinhos Catiri, rival de Adilsinho, também fala sobre a ambição da máfia do cigarro e diz que o produto ilegal não interessa aos bicheiros da velha guarda, como Capitão Guimarães. “Capitão Guimarães não se mete nisso, não, no cigarro. É tudo de Duque de Caxias”, diz. Caxias, ainda segundo a TV Globo, é uma referência a Adilsinho. O bicheiro controla parte do jogo no município da Baixada.

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No ano passado, seguranças de Adilsinho foram alvos de uma operação por suspeita de participação em oito homicídios, no Rio e no Maranhão. Entre os crimes, está o assassinato de Catiri. Vários dos investigados são policiais. Os detalhes de como age a quadrilha que ele foi acusado de chefiar foram revelados por duas investigações recentes – do Gaeco, órgão do Ministério Público do Rio, e da Polícia Federal. Nas operações “Smoke Free”, de novembro de 2022, e “Fumus”, em junho de 2021, quase 70 mandados de prisão foram expedidos pela Justiça. Entre os alvos, estavam Adilsinho e Cláudio Coutinho de Oliveira.

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