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Acordo pode acelerar indenização às famílias dos jovens mortos por PMs

Defensoria Pública do Estado do Rio buscará um acordo com o governo estadual para tentar acelerar a indenização às famílias dos cinco jovens mortos pela PM no último sábado (28)

Por Agência Brasil
Atualizado em 5 dez 2016, 11h38 - Publicado em 2 dez 2015, 13h30

A Defensoria Pública do Estado do Rio buscará um acordo com o governo estadual para tentar acelerar a indenização às famílias dos cinco jovens mortos pela Polícia Militar (PM) no último sábado (28). Parentes de duas vítimas estiveram  na sede do órgão, nesta terça (1), quando se encontraram com os defensores e participaram de uma entrevista coletiva.

André Castro, defensor público geral do Estado, explicou que a busca de um acordo com o governo visa agilizar as reparações evitando que os processos se arrastem por muito tempo.

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“O processo judicial às vezes tem um tempo de tramitação grande. Mas antes dele, tentaremos com os representantes jurídicos do estado, a Procuradoria do Estado, entabular negociações para que possamos ter uma ampla reparação adequada para todas essas famílias. Se essas tratativas avançarem, elas podem resultar numa solução bastante rápida para esse caso, à exemplo do que já ocorreu em casos passados”, explicou o defensor.

Os pais de Wesley Castro Rodrigues, que tinha 25 anos, compareceram ao encontro e pediram justiça para a morte do filho, executado na companhia de quatro amigos, dentro de um carro que recebeu cerca de 50 tiros disparados por quatro policiais em uma viatura.

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“Estou esperando que seja feita Justiça. É tudo o que eu quero. Meu filho não merecia isto e eu não merecia ver meu filho da forma que eu vi. Não sei quanto tempo vai levar para eu superar isso. Eu fico me perguntando por que tanta violência? Eu tenho que acreditar [na punição desses policiais]. Eu sei que isso não vai trazer de volta o meu único filho. Eu tenho que usar minhas últimas forças para defender o meu filho”, disse Rosileia Castro, mãe de Wesley.

Rafael Mota Gomes, primo de Wilton Esteves Domingos Júnior, que morreu aos 20 anos, disse que as cinco famílias estão arrasadas. “Isto foi uma brutalidade, uma crueldade que fizeram com os cinco meninos. Queremos justiça e os nossos direitos, porque eles [os PMs] não podem ficar impunes, ficarem presos meses e depois saírem para matar mais jovens negros e pobres, que são mortos todos os dias em nosso Brasil”, pediu Rafael.

Os quatro PMs tiveram as prisões preventivas determinadas nesta terça-feira pela Justiça e deverão ficar detidos até o julgamento. Eles são acusados de matar os cinco jovens nas proximidades do Morro da Lagartixa, em Costa Barros, na zona norte. Os réus são os soldados Thiago Resende Viana Barbosa e Antônio Carlos Gonçalves Filho, o sargento Márcio Darcy Alves dos Santos e o cabo Fabio Pizza Oliveira da Silva. Os PMs, que eram lotados no 41º BPM (Irajá), foram presos por homicídio qualificado e fraude processual. Eles estão no Presídio Vieira Ferreira Neto, o novo Batalhão Especial Prisional (BEP) da PM, em Niterói.

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