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Academias investem em aulas para acelerar o metabolismo

Curtas e intensas, as modalidades criam um efeito no organismo conhecido como Epoc, sigla em inglês para “consumo excessivo de oxigênio após o exercício”

Por Carolina Barbosa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 dez 2017, 09h00 - Publicado em 15 dez 2017, 09h00
A empreendedora Mariana Santos (à frente): frequência máxima na aula da Bodytech (Eduardo Almeida/Veja Rio)
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Todo ano é a mesma coisa: às vésperas do verão, as academias preparam um pacote de novas atividades para fisgar a turma que deseja perder os últimos quilinhos a tempo de fazer bonito nas praias. Desta vez, a aposta são as modalidades que, graças à alta intensidade dos exercícios, realizados em um curto espaço de tempo, criam um efeito conhecido como Epoc, sigla em inglês para “consumo excessivo de oxigênio após o exercício”. Vamos explicar: durante a prática de atividades físicas mais puxadas, o corpo consome mais oxigênio, jogando lá no alto a taxa metabólica do indivíduo, que permanece elevada mesmo depois do fim do treino. Com isso, o organismo continua queimando calorias enquanto está parado (e bem longe da academia). Não por acaso, esse tipo de aula, que segue os conceitos do HIIT, treinamento intervalado de alta intensidade, é uma das tendências no topo do ranking do American College of Sports Medicine.

Nessa linha, a Companhia Athletica, na Barra, lançou uma aula coletiva similar ao bem-sucedido método internacional Orange Theory, presente em mais de 45 estados americanos e dezoito países. Intitulada Orange Zone, nela os adeptos misturam atividades como remo, esteira e exercícios funcionais, monitoradas através da frequência cardíaca, a fim de garantir que eles treinem em sua zona de esforço ideal (leia-se próximo do limite). “Ao alcançar a zona laranja e nela permanecer pelo intervalo de doze a vinte minutos, o praticante passa a utilizar o glicogênio como fonte de energia”, explica Élida Oliveira, gerente técnica da academia. “Depois, parte da energia necessária para a reposição muscular vem da gordura corporal, através do efeito Epoc, que pode durar até 36 horas”, completa ela, que estima um gasto energético de 500 a 800 calorias por aula.

Numa versão mais enxuta e com adaptações, de trinta minutos de duração, a Bodytech estreou há menos de um mês a Cardio Burn, em cartaz nas unidades do Vogue Square e da Avenida Érico Veríssimo, na Barra. Os estímulos são prescritos com base no peso, na idade e no sexo de cada aluno. “Até há bem pouco tempo, achava-se que emagrecer era uma questão apenas de matemática, de comer menos do que se gasta e realizar atividades aeróbicas de longa duração e média intensidade. Mas as pesquisas recentes têm mostrado que esse tipo de treinamento, com frequência acima de 80%, traz benefícios para a perda de peso iguais ou superiores aos das recomendações tradicionais, daí seu sucesso”, afirma Eduardo Netto, diretor técnico da rede Bodytech, que sugere no máximo três aulas por semana. A empreendedora Mariana Santos, 24 anos, costuma intercalar a novidade com sessões de musculação ao longo da semana. “Apesar de você ter um minuto para dar o seu melhor em cada aparelho, o custo-benefício é excelente”, resume.

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