Mais de 80% dos pacotes de viagens para o Réveillon já estão vendidos
Para a Associação Brasileira de Viagens no Rio de Janeiro, mesmo se a festa da virada de ano for cancelada os turistas não deixarão de vir à cidade
O clima está favorável, mas instabilidades ainda ameaçam a festa de Réveillon do Rio. Não estamos falando de meteorologia, mas das dúvidas a respeito da pandemia. Afinal, embora sejam tempos de baixos índices de contaminação e mortes por Covid-19 na cidade, paira a ameaça de que a chegada da variante Ômicron mude este cenário e faça a prefeitura cancelar toda a programação para a virada de ano. Ainda assim, mais de 80% dos
pacotes de viagens para o Rio já foram vendidos, segundo a Associação Brasileira de Viagens no Rio de Janeiro (ABAV- RJ). O presidente da entidade, Luiz Strass, não acredita que turistas deixarão de vir ao Rio, mesmo que não haja festa
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“É claro que a possibilidade de uma mudança em relação a uma nova onda deixa os turistas mais receosos, mas quem já comprou não vai desistir por causa de um cenário hipotético. Talvez, aquele turista que tinha dúvida em comprar desista pela incerteza da situação. Mas, temos que trabalhar com o hoje, e hoje a transmissão é baixa no Rio e o índice de vacinação é alto. Neste momento, o Rio de Janeiro é um destino seguro“, garantiu Strass ao jornal O Dia. Ele acrescentou que a maior parte dos visitantes é de outros estados brasileiros, por causa da alta do dólar e da própria pandemia.
“O trade turístico como um todo, incluindo a hotelaria, segue a todo o vapor na preparação da festa mais importante do nosso calendário sazonal, o Réveillon. É claro que a festa acontecerá somente dentro dos protocolos necessários e com base nos índices que garantem segurança sanitária. Considerando que somos uma das capitais com melhores índices de vacinação, chegando a mais de 90% da nossa população adulta vacinada, as perspectivas são positivas”, concorda Alfredo Lopes, presidente do Sindicato da Indústria de Hotéis (HotéisRIO), que usa números da pesquisa prévia de ocupação feita pelo sindicato a 40 dias do Réveillon. Na ocasião, as reservas para a capital já estavam em cerca de 78%, índice superior, inclusive ao do Réveillon pré-pandemia: “Em alguns bairros, esse índice já passa de 85%, como é o caso da Barra da Tijuca“.
Em nota, o Ministério do Turismo também afirmou que “acredita que independente da realização das festas de final de ano, os índices de procura por destinos de natureza e de praia seguirão elevados, em razão da demanda reprimida durante o auge da pandemia de Covid-19 seguindo a tendência dos últimos feriados”.
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Nesta terça-feira (30), o prefeito Eduardo Paes disse, em suas redes sociais, que o evento só vai acontecer se for seguro. “A gente está fazendo o dever de casa e na torcida para que o cenário favorável que a gente tem hoje se mantenha. O Soranz (secretário de Saúde) e o Comitê Científico estão olhando a situação. Vou seguir o que eles determinarem. Nada vai ser antecipado de forma irresponsável. Não vou sair criando pânico na população. Se tiver que cancelar, vamos cancelar”.