Com 10 milhões em dívidas, restaurante La Fiorentina é despejado do Leme
Tombada pelo prefeito Eduardo Paes, casa que mantém viva a boemia artística da cidade fechou as portas na quarta (8)
O tradicional restaurante La Fiorentina, no Leme, que todas as noites recebe a classe teatral da cidade em peso, mantendo acesa a chama da boemia artística que deu fama ao endereço, fechou de novo as portas neta quarta (8) por causa da falta de pagamento de uma dívida antiga e milionária.
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A dívida de empréstimos passados com o Banco Cédula é de quase R$ 10 milhões, segundo os advogados Leandro Sender e Rodrigo Laim, da Sender advogados, que moveram a ação cuja ordem de despejo foi expedida pela 4ª Vara Cível da capital.
Segundo o escritório de advocacia, os proprietários do imóvel pegaram um empréstimo com o Cédula e deram como garantia o espaço na Avenida Atlântica. Como a dívida não foi paga, o restaurante foi a leilão. Os proprietários da casa recorreram da ordem de despejo, mas um mandado de segurança para manter o funcionamento foi negado.
“Espero que o cenário mude e a Justiça reveja a decisão. A dívida é antiga e existe uma negociação. O imóvel e a marca são alugados, e tudo o que está dentro do restaurante foi comprado pela DCL”, disse o advogado Alexandre Serpa Pinto ao jornal O Globo, representando e citando a empresa de Delorme Lima, que administra o restaurante.
O espaço havia fechado pela primeira em maio de 2021, e reabriu dois meses depois sob a nova administração. O restaurante permanece com toda a sua decoração de pilastras autografadas, coleção de quadros com fotografias antigas e raras da cena artística carioca, e as estátuas dos leões na porta, com as mesas no famoso calçadão do Leme.
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O La Fiorentina foi tombado pelo prefeito Eduardo Paes em julho de 2022, e já havia sido decretado patrimônio imaterial da cidade pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH).
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