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Cidade do México em Família

Cidade do México, porta de entrada do México, cheia de cor, aromas, beleza e caos. E vale muito a pena conhecer

Por Zazá Piereck
Atualizado em 11 fev 2020, 16h24 - Publicado em 11 fev 2020, 16h22

Em minha última visita ao México,  mais uma vez me pergunto por que demorei tanto a voltar. O México tem tudo o que a gente gosta: paisagens lindas, história, cultura, comidas extraordinárias (desde o mais singelo comedor até a cozinha de ponta mexicana-contemporânea), margaritas de todos os sabores e mil artesanias para encher a mala de lembranças.

Essa foi a minha quarta vista a esse país multicolorido. A segunda vez que vim com meu marido e a primeira em que levamos nossos filhos, por isso a parada na Cidade Do México é obrigatória. ( na sequência fomos a Tulum, deixo esse relato fica para um próximo post exclusivo sobre a Riviera Maia)

Essa cidade é imensa e intensa, fervilha de gente, trânsito e poderia lembrar São Paulo, mas é mais bonita, bem cuidada e salpicada de muitos parques e jardins. E como senão bastasse, oferece uma programação cultural e gastronômica de primeira grandeza.

imagem de Lucy no museu antropológico
(Arquivo pessoal/Divulgação)

É imperativo levar as crianças para conhecer o impressionante Museo Antropológico , que é uma das mais populares atrações da cidade. A fama não é à toa. O museu tem um acervo espetacular e único que vai além dos tesouros das civilizações que habitaram o México antes dos espanhóis chegarem. Tudo aquilo que seus filhos estudaram no colégio sobre a teoria da evolução da humanidade começará a fazer muito mais sentido depois de um dia no museu.

Visitar o Zócalo – o centro histórico – é outro programa imperdível. Comece seu dia por aqui. É o coração da Cidade do México, com uma das maiores praças do mundo, com uma enorme (mesmo!) bandeira mexicana hasteada em seu centro.

(Arquivo pessoal/Divulgação)

Aqui, se você tiver sorte (e não estiver fechado para qualquer solenidade com o presidente),  entre no Palácio Nacional, onde poderá apreciar os imensos painéis do Diego Rivera e os afrescos de Orozco.  Pertinho dali está o Templo Mayor,  que foi o mais nos encantou nesta região –  um parque arqueológico que apresenta ruínas do que foi o centro político e religioso do império asteca. Na sequência vale a pena andar até o Palácio dos Azulejos e almoçar lá. É um restaurante tradicional simples e gostoso, num prédio lindo forrado de azulejos do sec XVIII.  Emende com uma visita ao MAP, museu de arte popular.  Além de ter um acervo lindíssimo, a lojinha deste museu é onde você vai encontrar sem dúvida as melhores peças. Não é o local mais barato para trazer souveniers, mas é onde as peças foram selecionadas com critério rigoroso e garantem um fair trade para os artesãos.

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Dica Preciosa: evite pegar taxi na rua. Tem muito vigarista por ali.  Melhor até que Uber é pedir para o concierge do seu hotel chamar um credenciado para você . E se você estiver na rua, procure uma placa Sítio de Táxi (equivalente ao nosso ponto de táxi) ou então entre no hotel mais próximo e peça para chamarem um para você.

Museu da Frida: embora não seja o que possui maior acervo, esta foi a casa onde Frida morou.  De um azul intenso – como tudo na vida dela – a gente se transporta para o ambiente em que ela viveu –  a cozinha da casa é encantadora, foquei apaixonada! Além do pequeno acervo, há sempre uma exposição temporária. Dica Preciosa: se você comprar o ticket combo para o museu do Diego Rivera, você pode entrar num fast track e evitar a fila (que pode durar até 1 hora!). E se por ventura você não estiver com tempo de visitar o castelo do Diego (sim é um castelo!), pode simplesmente não usar, pois a diferença de valor entre uma coisa e outra é muito pequena.

Museo Soumaya:   esse novo museu, fundado pelo Carlos Slim, o homem mais rico do mundo, já começa impressionante desde sua magnifica fachada composta por placas de alumínio e oferece mais de 60 mil obras de arte, incluindo aí mais de 350 peças de Rodin.

Pirâmides do Sol e da Lua

As famosas pirâmides do México ficam a 50 km ao norte da capital, em Teotihuacan, cujo significado é “o local onde os homens se tornam deuses”. A cidade que havia ali é uma das mais extraordinárias do mundo antigo. Foi fundada antes da era cristã e chegou a ter mais de 125 mil habitantes.  Haja fôlego para subir os 65 metros de altura da pirâmide do Sol, mas vale a pena, a vista é deslumbrante. Continue o passeio e atravesse a estrada dos mortos até a pirâmide da Lua.

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Mercados

(Arquivo pessoal/Divulgação)

Eu sou muuuito chegada num mercado. De comida, de artesanato, de badulaque. Adoro! e nesse quesito, aqui é um prato cheio, de enlouquecer, vamos ao roteiro:

Perto da Frida tem um mercado de comida absolutamente sedutor – Mercado de Coyoacán. Passear pelos corredores com todos os tamanhos e cores de milhos que você possa imaginar, bem como frutas  raízes e todo o espectro de pimentas e chillies . E para coroar esse dia, almoce por ali mesmo: vá a um comedor de tostadas. Você escolhe o topping: ceviche, camarões enchillados, polvo ou carne desfiada . E ainda, guacamole, queijo branco, milho, são várias “pirâmides” de recheios deliciosos. Há de se ter uma certa manha para segurar e morder as tostillas ou então, como no meu caso,  relaxar e se lambuzar todo. Opções de bebida aqui apenas as águas frescas, que são deliciosos refrescos naturais de frutas. A minha preferida foi a de ganabana (graviola).

(Arquivo pessoal/Divulgação)

Mercado del Sábato Esse Mercado é outra jóinha.. Dá para passar o dia aqui, mais arrumadinho, fica em San Angel, bairro colonial muito lindo, vizinho do bairro da Frida, em Coyoacan.  Aqui você encontra o artesanato tradicional , vestidos,  toalhas de mesa deslumbrantes, trabalhos em madeira e também descobrirá um artesanato moderno. Eu e minha filha ficamos enlouquecidas com tanta coisa linda. Além disso, ali tem vários restaurantezinhos fofos. Recomendo o San Angel Inn, que fica numa antiga sede de fazenda e de frente se avista o estúdio do Diego Rivera.

Ciudadela: Se você não foi e nem pretende ir a Oaxaca (o que recomendo muuuito) ou a San Cristobál, então aqui é o lugar onde você pode encontrar artesanato de todas as partes do México. Desde os lindos copos e cerâmicas, até vestidos, toalhas, prata, enfim, de tudo mesmo. O lugar é meio sujo e a qualidade varia entre cada lojinha, por isso é bom ir preparado para andar por tudo e depois de eleger o que você gostou, volte e pechinche.  Eu na verdade acho chato pechinchar e prefiro que me digam logo o preço, mas se você não negociar, vai pagar mais caro mesmo.

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(Arquivo pessoal/Divulgação)

Dica Preciosa: nos mercados, sempre se paga em dinheiro. Nem pensar em depender do cartão de crédito ou então vai passar vontade e sair de mãos abanando…

Onde Comer

Pujol:  esse nem é novidade, badaladérrimo, oferece comida Mexicana contemporânea com direito a larvas e formigas em sua preparação (também tem opções deliciosas sem os ingredientes exóticos). É um dos principais responsáveis pela reinvenção da cozinha do país, sempre buscando uma nova formulação para tradicionais pratos mexicanos.

Reserve com pelo menos 1 mês de antecedência, seja para almoço ou jantar.

Dulce Patria: Da chef Martha Ortiz. Adorei tudo o que comi. Os pratos são luxuriantes, com texturas distintas e coloridos. Vale dizer que as margaritas aqui são as melhores que tomei, em especial a de tamarindo, a qual nos inspiramos para o Chili Tamarindo, disponível no Zazá Bistrô Tropical.  O ambiente não é espetaculoso mas o serviço é impecável. Vale a pena reservar, embora seja mais tranquilo, até mesmo no dia anterior, se for para almoçar.

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Contramar: é o restaurante de frutos do mar mexicano por excelência! Mas se você não tiver reserva, pode ter que esperar muito, mas vai conseguir sentar.

Casa Biko: restaurante mais moderninho – de visual e de proposta culinária,  com uma cozinha que mistura influências bascas e mexicanas numa fusão que deu certo.  Bem gostoso.

Quintonil, O segredo do jovem chefe, de apenas 31 anos, está em combinar ingredientes indígenas com técnicas modernas.

Onde Ficar

 Four Seasons:  Como viajei com as crianças, preferi algo mais tradicional e bem localizado. – perto do museu Antropológico e walking distance de Polanco.   Extremamente confortável e com serviço impecável. O café da manhã era memorável e garantia energia para a abundante agenda turística do dia.

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Fiquei muito feliz com a escolha.

Mas se você vai apenas com sua cara metade, há várias opções interessantes, pelo que pesquisei antes de viajar:

Downtown Mexico: se por qualquer motivo você queira ficar no Centro, perto do Zócalo, o lugar para ficar é esse.  Tem um bar no rooftop e uma piscina incríveis.

Las Alcobas:  Conheci o hotel quando foi almoçar no Dulce Pátria. Fica bem ao lado. Lindo, charmoso, extremamente bem situado e caro.

buen provecho!

 

 

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