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Por Vanessa Aragão, pesquisadora e instrutora de meditação
Criadora do projeto Meditante Urbana
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CALMA, a chave da Covid-19

A prática da meditação essencial para lidar com a ansiedade durante a pandemia

Por Vanessa Aragão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 abr 2020, 17h31 - Publicado em 14 abr 2020, 12h09

Poucas habilidades são tão importantes e ao mesmo tempo negligenciadas quanto a capacidade de manter a calma. Quase sempre nossas piores decisões são tomadas em momentos em que perdemos a calma e nos deixamos domar pela ansiedade e a agitação. Vivemos em uma sociedade urgente, rápida e ansiosa que busca se reinventar na solitude da quarentena. Acredito que a pandemia do coronavírus traz uma pergunta importante: somos livres em nossa mente?

Sartre defendeu a tese de que estamos condenados a ser livres. Se olharmos para o comportamento externo não há dúvidas. Mas quando observamos o processo de construção dos pensamentos e suas armadilhas, vemos que Sartre foi mesmo um romântico ingênuo. Não somos livres como gostaríamos de ser, e a percepção das nossas algemas e cárceres internos têm aumentado as crises de ansiedade de boa parte das pessoas. O que fazer? Encarar de frente, com coragem e gentileza as suas questões é uma das saídas.

Precisamos de uma voz alternativa que consiga deter nossos medos desenfreados e nos lembrar dos pontos fortes que estão latentes em nós, escondidos sob as torrentes de pânico. Nossa cabeça contém a voz de todas as pessoas que conhecemos até hoje. Deveríamos aprender a calar as vozes inúteis e nos concentrar naquelas que realmente precisamos para nos guiar em momentos complexos. Saber que somos amados, não importa o que aconteça no mundo, estabelece as condições ideais para nos sairmos bem. 

Essa é uma técnica chamada de refúgio. Ela evita que as pessoas revivam situações e preocupações e a preenchem com influências positivas. Conforme ela fica mais relaxada, com uma sensação de proteção e afeto, os neurônios vão costurando uma rede de segurança. Essa rede fortalece por exemplo o seu poder de razão e clareza para lidar com aqueles cárceres internos que falamos lá em cima, te ajudando a não embarcar nas narrativas que te deixam ansioso. 

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Esses refúgios ajudam você a manter a calma para não disparar todo esse processo. Podemos compartilhar a convicção de que a música e os sons podem ser usados para ajudar a conter e a direcionar nossos sentimentos para melhorar a vida – embora possamos ter ideias bem diferentes sobre o que “melhorar a vida” significa. Que tal usar o potencial do som para melhorar a vida emocional e nos acalmar? 

DICA

Tem um exercício que sempre recomendo. Passe o dia identificando seus gatilhos de inquietação e crie listas de músicas para reagir a eles. Ou seja, se você sentir medo, escolha uma música para combatê-lo. Se você sentir raiva, qual seria a música para deixar ela passar? Se você sentir saudade, que melodia acolhe e acalma você? Faça uma playlist e seja seu próprio “terapeuta do som”.

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Claro que para ser um terapeuta sonoro você precisa se especializar e conhecer diversos protocolos e notas musicais para as diferentes sensações. Na minha última temporada no Nepal (que só tem 9 casos de coronavirus e que me deixa louca pra voltar e me abrigar nos Himalaias), fiz uma especialização em sound healing a partir das frequências sonoras de tigelas de cobre. É um papo longo, mas o que importa mesmo é você despertar para o silêncio restaurador e calmante que vem do som. Experimente a sua música

:: Se você quiser fazer parte da nossa rede de apoio com meditações gratuitas envie um e-mail para meditanteurbana@gmail.com para receber o material de prática. 


Vanessa Aragão é pesquisadora e instrutora de meditação e sound healing, com estudos no monastério Kopan e no Kathmandu Center of Healing, no Nepal. É criadora do Lab @meditanteurbana, onde orienta práticas para mente e o corpo com o som de taças tibetanas, no Rio e em São Paulo. 

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