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Por Julia Golldenzon, estilista carioca
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Lady Di: Por que ainda somos fascinados pelos seus looks?

Estreia da quarta temporada de The Crown e documentários sobre a princesa reforçam o ícone fashion

Por Julia Golldenzon Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 dez 2020, 14h11 - Publicado em 25 nov 2020, 10h36

Mais de duas décadas após sua morte, seguimos falando sobre a Princesa Diana e analisando seu estilo, seu comportamento e suas roupas. Lady Di voltou a ser assunto com força total na moda com a avalanche de filmes e séries nos serviços de streaming que abordam sua vida, entre elas, a quarta temporada de The Crown com figurino impecável inspirado no guarda-roupa da princesa.  

Seus looks fizeram história. Ao longo de sua vida pública, Diana soube utilizar suas roupas a seu favor não somente em termos de beleza e adequação ou rebeldia diante das regras da monarquia, mas também para dar seus recados à imprensa, ao povo e à família real. Arrisco dizer que Lady Di, de quem sou fã e não escondo, é um dos maiores ícones fashion do fim do século passado. O mundo e a moda celebram até hoje seu estilo: desde seu conjunto azul royal de alfaiataria usado quando anunciou o noivado, passando pelo vestido de noiva com cauda de 7,5 metros e mangas oversized bufantes, até os looks fitness usados nas suas idas e vindas à academia como uma mulher do seu tempo.

Das roupas mais conservadoras da juventude, quando estava recém-casada e escondida em suéteres e tailleurs afastados do corpo, ela foi se emancipando e se autoafirmando através da moda, especialmente a partir do fim do casamento com o príncipe Charles. De jovem tímida que se casou aos 19 anos ela se tornou uma mulher confiante e poderosa a partir dos 30 anos, e seus looks expressam isso.

Lady Di aprendeu a usar com maestria o poder de criar uma imagem de moda. Em 1990, foi a primeira mulher da realeza a usar calça comprida num evento oficial noturno, celebrando o power dressing dos terninhos dos anos 90. Ao estilo andrógino do look, ela somava joias poderosas e um bom par de scarpins.

Em junho de 1994, no mesmo dia da exibição da entrevista em que Charles admitiu ter um caso com Camila Parker-Bowles, Diana mostrou ao mundo sua lição de revanche. Se o príncipe havia usado atrapalhadamente a entrevista para tentar limpar sua imagem após a separação, Diana usou uma festa e o vestido certo para mostrar sua superioridade e reforçar sua imagem como mulher poderosa. Na mesma noite, ela surgiu num evento da revista Vanity Fair com o que passou a ser chamado de vestido da vingança. Se esperavam vê-la arrasada, Diana apareceu mais linda que nunca em um tubinho justo preto de seda com decote ombro a ombro, modelo considerado ousado para os padrões da família real. Tudo devidamente registrado pelos fotógrafos, arrematado por um belo sorriso de quem não perde a majestade mesmo depois de o mundo inteiro saber o que ela desconfiava desde o início do casamento: as traições do marido.

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A moda tornou-se uma de suas formas de se comunicar com o público e lhe rendeu oportunidade de ser rebelde diante de tantas regras na monarquia. Sua influência foi tamanha que a Dior rebatizou uma de suas bolsas, o modelo quadrado que era o preferido da princesa, como Lady Dior em sua homenagem. Entre as características de seus estilo estavam os tons de pastel em conjuntos monocromáticos e os blazers marinho usados com jeans ou calças mais sequinhas.

No ano que vem, Diana faria 60 anos – o que significa que ela será celebrada e lembrada, ainda mais! Entre filmes que já aguardo ansiosa está um novo longa, “Spencer”, que conta a história do divórcio do casal real e que terá Kristen Stewart como Lady Di – atriz perfeita para traduzir o olhar tímido misturado à atitude rebelde de Diana. Até lá, vale a pena assistir à quarta temporada de The Crown (Netflix), aos documentários The Story of Diana (Netflix), The Royal House of Wiundsor (Netflix) e Diana in Her Own Words (Netflix) e ao filme Diana (Amazon Prime e GloboPlay). Boa sessão!

Julia Golldenzon é estilista especializada em festas e noivas. Formada em Comunicação Social pela PUC-Rio, ela trabalhou em marcas como Farm e La Estampa e, desde 2013, tem um ateliê no Leblon, que leva seu nome.

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