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Por Gilberto Ururahy, médico
Especialista em medicina preventiva
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Lombalgia e pandemia

A atividade física, feita da forma correta, é fundamental para a recuperação da dor lombar

Por Gilberto Ururahy
Atualizado em 12 out 2021, 13h32 - Publicado em 12 out 2021, 13h04

A MedRio Check Up está comemorando 30 anos. Para marcar efeméride tão importante, criamos uma agenda de “Encontros Científicos com a Prevenção”, que acontecem uma vez por mês, abordando diferentes especialidades médicas. Neste mês de outubro, o convidado para o nosso encontro foi o médico Marcus Vinicius Ferreira.

Boa leitura! – Gilberto Ururahy

Lombalgia e pandemia

A postura sentada, tão estimulada pela pandemia, é extremamente danosa para o corpo e a saúde. A afirmação é de Marcus Vinicius Ferreira, médico acupunturista (Kitasato Institute) e fisiatra (Instituto Carlos Chagas), mestre em Medicina-Ortopedia (UFRJ), ex-coordenador da Câmara Técnica de Acupuntura do CREMERJ.

Conversamos com Marcos Vinicius sobre este e outros assuntos:

Como a pandemia impactou na postura do nosso corpo?

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Tivemos a experiência de passar por uma pandemia que, ao que parece, foi pior que a Gripe Espanhola. A posição sentada foi a posição principal da época da pandemia, tanto maratonando séries no sofá, como pelo home office, que faz com que as pessoas fiquem mais tempo sentadas até em comparação às horas que passavam no escritório.

 

Então, ficar sentado por tempo demais faz mal?

Alguns estudos já apontam a posição sentada como patológica, como não sendo algo normal para o corpo, o que serias a “fisiologia da inatividade”. Ficar sentado por tempo excessivo é um dano potencial à saúde. E ficar sentado em tempo excessivo leva, invariavelmente, à dor lombar.

 

O que é a dor lombar?

A dor lombar pode atingir tendões, discos intervertebrais, músculos, ligamentos, as articulações intervertebrais. Ela acontece, basicamente, por sobrecarga, que pode ser súbita, como uma queda, ou repetitiva, como o home office. A dor aguda é aquela que permanece até seis semanas, a dor subaguda vai até 12 semanas e a dor crônica é a que passa de 12 semanas.

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Quais são as principais causas de dor lombar?

O que mais vemos no consultório são distensões, processos degenerativos variados, causada por força compressiva sobre a coluna, seja por queda, contratura, postura errada e disfunção motora (músculos que não contraem ou contraem na hora errada). Isso tudo leva à fratura da placa de cartilagem sobre o disco que, sem a nutrição oferecida pela placa, passa a se degenerar.

 

Qual o grande medo de quem sofre de dor?

É a incapacidade definitiva, ou seja, a pessoa não consegue mais trabalhar, não consegue mais ter uma vida social, porque ela sente dor o tempo inteiro.

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Qual a prevalência da dor lombar? Existe uma idade de maior incidência?

A prevalência de dor lombar na vida de uma pessoa é de 50% a 60%. A recorrência ou a persistência da dor lombar vai de 60 a 80% dos casos, ou seja, quem teve uma crise de dor, tem chance de ter de novo. A idade média da dor lombar acontece entre 30 e 50 anos.

 

Qual o tratamento de dor lombar?

O tratamento conservador busca conseguir algum tipo de privação da dor, que permita o paciente continuar se mexendo. Os antiinflamatórios tem efeitos curtos e devem ser recomendados com precaução. Já os relaxantes musculares são interessantes, mas tem efeitos colaterais desagradáveis, como boca seca e sono em excesso. Quanto aos tratamentos não-farmacológicos, a acupuntura se mostrou eficiente, até mais que alguns medicamentos.

 

Um paciente com dor lombar deve evitar a atividade física?

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Ao contrário! Não há razão para recomendar repouso, o paciente deve continuar em atividade.  A atividade física, feita da forma correta, é fundamental para a recuperação da dor lombar. Todo paciente com dor crônica tem que caminhar todo dia. Sem isso, dificilmente consegue-se chegar a um ponto satisfatório do tratamento. Não há como tratar dor lombar sem a prática de exercícios físicos.

 

 

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