Tênis de mesa: carioca Hugo Calderano tem chance de trazer bronze inédito
Caso o atleta suba ao pódio, será o primeiro não-europeu e não-asiático a conquistar uma medalha olímpica no esporte. A partida acontece no domingo (4), às 8h30
O carioca Hugo Calderano suou a camisa, foi embalado pela torcida durante todo o jogo, disputou cada ponto, mas acabou perdendo a semifinal do tênis de mesa individual por 4 a 2 para o sueco Truls Moregard. Os games foram de 10/12, 15/17, 11/7, 7/11, 12/10 e 8/11.
+ Para receber VEJA Rio em casa, clique aqui
Agora, Calderano vai disputar o inédito bronze na modalidade com o francês Felix Lebrun. Vale lembrar que os dois já se enfrentaram nas oitavas de final e o brasileiro levou a melhor.
Caso o atleta revelado pelo Fluminense suba ao pódio, alcançará um feito histórico, sendo o primeiro não-europeu e não-asiático a conquistar uma medalha olímpica na modalidade. A partida acontece no domingo (4), às 8h30.
“O sueco jogou num nível altíssimo, eu tive dificuldade para me encontrar no jogo. Busquei soluções até o final, mas não consegui”, disse o atleta brasileiro à CazéTV logo após a derrota. “É doloroso perder. Agora preciso deixar todas as emoções saírem e resetar para pensar na próxima partida e tentar o bronze”, arrematou o mesatenista.
Nascido no bairro do Flamengo, o atleta, que hoje ocupa o sexto lugar no ranking mundial de tênis de mesa e obteve excelentes resultados nos últimos tempos, chegou a ter duas obsessões na arena esportiva. Dos 8 aos 13 anos, Hugo Calderano passava grande parte de seu dia bem perto de casa, na sede do Fluminense, onde ora treinava saques com bola de vôlei, ora com a bolinha que hoje lhe é tão cara.
+ “Esperava acolhimento”, diz Blogueira de Baixa Renda após ‘gafe’ na CazéTV
Avaliou que, com seu 1,82 metro, talvez não tivesse tanta chance assim no vôlei e, no início da adolescência, ficou com o tênis de mesa, mudando-se para São Caetano do Sul, no interior paulista, para treinar com a seleção brasileira. “É um esporte individual, muito dinâmico, que desafia o corpo e a mente”, diz o atleta, tricampeão latino-americano e atual tricampeão pan-americano. Em 2024, ele conquistou dois títulos e garantiu o vice-campeonato em outros dois torneios organizados pela World Table Tennis (WTT).