“O sertanejo veio para ficar”, diz Roberta Medina em balanço sobre o Rock in Rio 2024
Vice-presidente da Rock World aponta o que deu certo e o que precisa melhorar no evento
Assunto mais comentado desta edição, a estreia do sertanejo no Rock in Rio, na noite de sábado (21), agradou Roberta Medina. A vice-presidente da Rock World, empresa que organiza o festival, anunciou em entrevista exclusiva para Veja Rio que o sertanejo veio para ficar.
Ela ainda explicou que o modelo adotado no show, com vários artistas se apresentando juntos, não deve ser repetir nas próximas edições. “O que fizemos foi a nossa vontade de celebrar os 40 anos do Rock in Rio. Mas é um modelo muito desafiador. Encontros vão continuar acontecendo, mas todos os shows em formato de encontros, não”, anunciou, indicando que os artistas do gênero devem ganhar espaços maiores nas próximas edições.
Questionada se esse foi o motivo das falhas e atrasos que marcaram o sábado, Roberta foi enfática ao afirmar que o que houve foi mesmo uma falha técnica e garantiu que isso não voltará a acontecer: “Isso nunca aconteceu antes e não vai mais acontecer. Quando acontece a gente aprende e não precisa mais errar”.
A filha do criador do Rock in Rio destacou ainda como pontos positivos a renovação do público, creditando ao line-up esse efeito, e a redistribuição dos palcos na Cidade do Rock, mudança que conseguiu melhorar o fluxo das pessoas. Roberta inclusive citou que isso serve de exemplo para o The Town, que na sua estreia foi duramente criticado por problemas no deslocamento do público e adiantou que haverá mudanças já para a próxima edição do evento paulistano.
Sobre o que ainda pode melhorar, ela destacou os copos reutilizáveis que estrearam nesta edição. Apesar da redução no impacto de resíduos, o fato de cada tipo de bebida só poder ser servida no corpo da marca gerou reclamações. “Dá para fazer melhor, de repente com um copo único. Muita gente que comprou copo oficial da lojinha achou que poderia usar, por exemplo”, pontuou a executiva.
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A edição que comemorou os 40 anos do Rock in Rio foi marcada também por ter sido a primeira que não teve todos os ingressos esgotados. “Foram 97 000 vendidos na quinta e 95 000 no sábado, então tudo bem”, minimizou. Roberta creditou o fato ao alto custo com transporte e hospedagem para o público de fora do Rio (que costuma ser 60% do festival).