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Os principais papéis da atriz Aracy Balabanian, morta no Rio aos 83 anos

Eternizada como a Cassandra de Sai de Baixo e a Dona Armênia de Rainha da Sucata, atriz estava internada na Clínica São Vicente, no Rio

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
7 ago 2023, 12h14

Morreu no Rio, aos 83 anos, nesta segunda (7), a atriz Aracy Balabanian, conhecida por papéis marcantes na TV, como a Cassandra do humorístico Sai de Baixo e Dona Armênia de Rainha da Sucata. Ela estava internada na Clínica São Vicente, na Gávea, e lutava contra um câncer de pulmão desde o fim do ano passado. A causa da morte não foi revelada.

Filha de imigrantes armênios, Aracy nasceu em 22 de fevereiro de 1940 em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Seu primeiro papel foi aos 14 anos, quando encenou a peça Almanjarra, de Arthur Azevedo, com direção de Augusto Boal, que lhe valeu elogios dos críticos Décio de Almeida Prado e Sábato Magaldi.

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Mas sabia que seria atriz desde os 12, quando assistiu a uma peça com a atriz Maria Della Costa (1926-2015). Ela entendeu que enfrentaria muitas dificuldades, pois a profissão de atriz era estigmatizada, e as mulheres eram educadas para ser donas de casa e obedecer aos maridos. Apesar disso, ela não desistiu.

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A estreia profissional no teatro veio aos 22 anos, na peça Os Ossos do Barão (1962), de Jorge Andrade (1922-1984), do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Foi um enorme sucesso, com mais de 500 apresentações, sendo assistida por mais de 125 mil espectadores, ficando quase dois anos em cartaz. Na TV, fez sua primeira novela, Marcados pelo Amor, em 1964, na Record, e não parou mais: durante décadas, acumulou paralelamente grandes trabalhos no teatro e na televisão.

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Na TV, atuou em novelas consideradas clássicas na teledramaturgia brasileira, como Nino, o Italianinho (1969-1970) e A Fábrica (1971-1972), ambas da Tupi e escritas por Geraldo Vietri (1927-1996). Com o sucesso, convidada a foi participar do infantil Vila Sésamo (1972), parceria da TV Globo com a Cultura, durante dois anos. Ficou na Globo pelo resto de sua carreira.

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Em 1990, Dona Armênia, de Rainha da Sucata, conquistou o Brasil com seu sotaque, seu jeito dramático e sua relação com os três filhos. A personagem se tornou tão querida que voltou na novela Deus Nos Acuda (1992). Cassandra, da série humorística Sai de Baixo (entre 1996 e 2002), foi outro grande sucesso de Aracy. Ela vivia uma socialite decadente que morava em um apartamento com a filha, Magda (Marisa Orth); o genro, Caco (Miguel Falabella); e o irmão, Vavá (Luis Gustavo).

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Outra persongem marcante foi a vilã Filomena Ferreto Giardini, na novela A Próxima Vítima (1995). Ela ainda participou das tramas de Da Cor do Pecado (2004), na qual foi a governanta Germana; Passione (2010), como Gemma, irmã mais velha do protagonista Totó (Tony Ramos); Cheias de Charme (2012), na qual viveu a ucraniana Máslova Tilman; e do remake de Saramandaia (2013), como Dona Bubu, mãe de Aristóbulo (Gabriel Braga Nunes), que virava lobisomem.

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Em Geração Brasil (2014), fez a dona de casa Iracema. O núcleo que formou com as atrizes Daisy Lúcidi e Lady Francisco fez sucesso e foi ganhando espaço na trama. Também atuou em Sol Nascente (2016) e Pega Pega (2017). O último trabalho foi no especial de fim de ano Juntos a Magia Acontece (2019), como Dona Rosa.

Nas redes, seus colegas lamentaram a morte da atriz. Veja alguns depoimentos:

Miguel Falabella:

“Minha amada Aracy, minha rainha, atriz de primeira grandeza, companheira irretocável, amor de muitas vidas. Obrigado pela honra de ter estado ao seu lado exercendo nosso ofício, obrigado pelo afeto, pelos conselhos, pelas gargalhadas e pela vida que você tão delicadamente me ofereceu.”

Isabel Teixeira:

“Aracy, aquele nosso encontro, quase marcado, vai ficar pra mais tarde. Fica aqui minha singela homenagem e a promessa que seguirei, como uma navegadora atenta, a rosa dos ventos desenhada por você. Todo meu amor à essa atriz maravilhosa, que deixa sua marca em várias gerações, e meus sentimentos à família de Balabanian.”

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Claudia Raia:

“Aracy Balabanian sempre foi uma amiga maravilhosa, uma artista gigante e talentosa. A arte brasileira perde muito com a sua partida, mas sem dúvidas, recebemos hoje um grande legado. Ela será sempre nosso tesouro nacional, obra prima de pura devoção ao seu ofício. Que alegria ter encontrado sua alma nessa vida, que honra compartilhar um pouco do meu caminho com o seu! Que o céu te receba com todos os aplausos e que a falange dos artistas te acolha com muito amor. Te amo para sempre minha amiga, te reencontro na próxima vida.”

Walcyr Carrasco:

“Dia triste! Um ícone da nossa dramaturgia nos deixou! Rimos muito e também nos emocionamos com o talento de Aracy Balabanian! Descanse em paz!.”

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