Preta Gil abriu a maior agência de influenciadores do Brasil

Cantora era uma das sócias da Music2Mynd, mais conhecida como Mynd, que representa mais de 350 nomes, entre artistas e personalidades da internet

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
21 jul 2025, 16h04
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Preta Gil: cantora era sócia de agência de marketing que agenciava artistas como Pabllo Vittar (Alex Santana/Divulgação)
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A cantora e compositora, Preta Gil, que morreu neste domingo (20) aos 50 anos, após uma longa batalha contra o câncer, também tinha uma bem-sucedida carreira como empresária. Multifacetada, Preta também foi atriz, apresentadora e diretora de clipes. Mas a grande virada em sua carreira nos bastidores foi em 2017.

Naquele ano ela fundou a empresa de marketing Music2Mynd, mais conhecida como Mynd, que se tornou a maior agência de influenciadores digitais do país, tendo como sócios Fátima Pissarra e Carlos Scappini. A agência cuida de mais de 350 influenciadores.

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Entre os representados pela marca estão as cantoras Pabllo Vittar e Luísa Sonza, o cantor Pedro Sampaio, o ex-BBB e apresentador Gil do Vigor e as influenciadoras Gkay, Pequena Lo e Thelma Assis, vencedora do BBB 20. O faturamento anual da empresa é de cerca de 350 milhões de reais.

Além de fazer trabalhos publicitários para grandes marcas, a agência se tornou uma referência na administração da carreira de artistas brasileiros. Em 2019, a Mynd ganhou do site Meio & Mensagem, especializado no mercado de comunicação, o troféu de melhor serviço de marketing do Brasil.

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Atriz e apresentadora

Preta Gil também fez diversas participações em produções de audiovisual. Em 1991, estrelou, ao lado de Selton Mello, o clipe Criança, de Marina Lima. Na TV, sua primeira aparição foi em 2003, na novela Agora é que São Elas, da Globo.

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Na trama, ela interpretou Vanusa, filha de Dinorá, interpretada por Joana Fomm e amiga de Rodrigo (Thiago Fragoso), que era o vilão da trama. A produção foi lançada no mesmo ano do primeiro álbum de estúdio dela, Prêt-à Porter.

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Ela também atuou nas novelas Caminhos do Coração (2007) e Os Mutantes (2008), da Record, nas quais viveu a vilã Helga. Ela contou ter descoberto que a personagem era o maior sucesso em Cabo Verde em uma viagem ao país africana, quando foi recebida por centenas de fãs no aeroporto.

Preta integrou ainda os elencos das séries Ó Paí, Ó (2008) e As Cariocas (2010), na Globo. Na telona, integrou o elenco de Billi Pig (2012) e fez uma pequena participação na comédia Vai que Cola (2015). Ela também dublou a gambá Stella na animação Os Sem-Floresta (2006).

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Preta também atuou como si mesma em algumas produções, como a novela Cheias de Charme (2012) e o seriado Pé na Cova (2013), da Globo, além do filme Crô em Família (2018). Ela participou ainda do documentário Filho da Mãe (2022), sobre Paulo Gustavo.

Como apresentadora, comandou o Caixa Preta, na Band, nas noites de sábado, em 2004. O programa de auditório era dirigido por Marlene Mattos. Já entre 2009 e 2010, ela esteve à frente do talk-show Vai e Vem, do canal pago GNT, em que recebia famosos para falar sobre sexo.

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Durante um tempo, ela trabalhou por trás das câmeras. Preta teve uma produtora de videoclipes e dirigiu cerca de quinze produções, entre elas A Dor Desse Amor, do grupo KLB, em 2000. Também produziu alguns trabalhos, como Ralando o Tchan, de 1997, que conta com uma participação de sua irmã Bela Gil, vestida de odalisca.

Caminho próprio na música

Filha de um gigante da música brasileira, o cantor e compositor Gilberto, Preta Gil trilhou seu próprio caminho na música ao se dedicar ao pop, e não à MPB, como o pai, embora tenha transitado por outros gêneros musicais. Em 2003, lançou seu disco de estreia, Prêt-à Porter, que repercutiu muito por trazer a cantora nua no encarte, fotografada por Vania Toledo.

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Apesar do bafafá em torno da nudez da cantora, o álbum teve um grande hit: a música Sinais de Fogo, composta por Ana Carolina e Totonho Villeroy para Preta Gil. Em 2005, foi a vez do segundo álbum, Preta, que trouxe um dos maiores sucessos da cantora, Suave.

Em 2008, ela estreou na boate The Week Rio a turnê Noite Preta, que deu origem a um DVD, gravado no ano seguinte e lançado em 2010. Entre os sucessos da gravação, está a música Stereo. O terceiro álbum, Sou Como Sou, veio ao mundo em 2012, e conta com hits como Tudo Passa.

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Em 2014, foi a vez do quarto álbum e o segundo DVD de sua carreira, o ao vivo Bloco da Preta, batizado a partir do cortejo carnavalesco da artista, fundado em 2010. Seu quinto álbum foi Todas as Cores, de 2017, do hit Vá Se Benzer, com a participação da madrinha de Preta, Gal Costa.

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Após a primeira fase do tratamento contra o câncer — quando chegou a anunciar, em dezembro de 2023, a remissão da doença —, Preta Gil retomou aos poucos a carreira artística. Em janeiro de 2014, lançou o EP De Volta ao Sol, cuja letra traz uma mensagem de superação: “Dá a volta por cima / você não tá sozinha / joga a tristeza pra lá”

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A volta aos palcos aconteceu no Carnaval do ano passado, quando a artista comemorou os quinze anos do Bloco da Preta em um show na Rio Arena (hoje Farmasi Arena), no Rio. Ela também se apresentou com o pai, Gilberto Gil, no Camarote Expresso 2222, que é comandado por ele, em Salvador.

Em fevereiro deste ano, Preta Gil lançou sua última música: Tudo Vai Passar, que integra a trilha sonora do filme Câncer com Ascendente em Virgem, também de 2025. Na época, ela publicou a canção em seu Instagram e comentou: “Uma canção que mostra o quanto seguir em frente é um ato de coragem e acreditar que vai passar é também um exercício diário de fé”.

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A última vez nos palcos foi em 26 de abril deste ano, no Allianz Parque, em São Paulo, ao lado do pai. Juntos e emocionados, eles cantaram Drão, música que foi escrita por ele para a mãe de Preta, Sandra Gadelha, que também estava presente. O show fez parte da turnê Tempo Rei, que marca a despedida de Gilberto Gil das grandes excursões.

De acordo com informações do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), a artista deixa um legado de doze obras musicais compostas por ela e 271 gravações cadastradas na gestão coletiva da música no Brasil.

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