Morre o músico niteroiense Sergio Mendes, aos 83 anos
Um dos responsáveis por abrir as portas de sons brasileiros ao mundo, pianista venceu Grammy e concorreu ao Oscar; causa da morte ainda não foi divulgada
O pianista niteroiense Sergio Mendes, um dos artistas brasileiros de maior sucesso internacionalmente, morreu, aos 83 anos, nesta sexta (6), em Los Angeles, nos Estados Unidos, onde morava há 60 anos com a mulher, a cantora Gracinha Leporace, com quem estava casado há mais de 50 anos. A causa da morte ainda não foi divulgada. Segundo a família, ele vinha enfrentando problemas respiratórios desde o ano passado. As informações foram confirmadas pelo site americano TMZ.
+ Como será o retorno de Xuxa ao horário nobre da TV Globo
Sérgio Santos Mendes tinha mais de 60 anos de carreira, e foi um dos responsáveis por abrir as portas de sons brasileiros em solo americano – alcançando a marca de 14 canções no Top 100 das paradas americanas, recorde entre músicos. Exponente do samba-jazz, o músico participou de trilhas sonoras de grandes filmes e do tema das Olimpíadas de Los Angeles. Ele ganhou um prêmio Grammy, dois Grammys Latinos e foi indicado ao Oscar, em 2012, pela música “Real in Rio”, que foi apresentada no filme de animação “Rio”.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Nascido em Icaraí, Niterói, em 1941, desde menino se dedicou ao piano clássico, em conservatório. Mas, na adolescência, ouviu os acordes do jazz que transformaram sua vida. Aos 20 anos, em palcos cariocas, Sergio Mendes caprichava na improvisação em jam sessions. Aos 23, ao lado de nomes como Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Baden Powell, deu os primeiros passos na carreira no Beco das Garrafas, principal reduto da bossa nova, em Copacabana, no Rio de Janeiro, durante os anos de 1950 e 1960. Lá ouviu pela primeira vez “Mas que nada”, na voz do autor Jorge Ben Jor, que impulsionou no exterior o grupo Brasil ’66 — com o LP de estreia “Herb Alpert presents Sergio Mendes & Brazil ’66”, que foi disco de platina. Quarenta anos depois, em 2006, a música foi regravada, igualmente com grande êxito, pela grupo americano de hip hop Black Eyed Peas. Em 2020, o músico foi o tema do documentário “Sergio Mendes: No Tom da Alega”.