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Morre aos 81 anos no Rio o ‘Tremendão’ Erasmo Carlos

Cantor e compositor estava internado e foi entubado esta manhã, já em estado grave, no Hospital Barra D'Or.; ainda não foi informada a causa da morte

Por Paula Autran
Atualizado em 22 nov 2022, 17h02 - Publicado em 22 nov 2022, 14h53
Erasmo Carlos
Erasmo Carlos: artista sofria de uma síndrome edemigênica  (Guto Costa/Divulgação)
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Menos de duas semanas após a morte da cantora Gal Costa, a Música Popular Brasileira sofreu mais um duro golpe: morreu nesta terça (22) o cantor e compositor Erasmo Carlos. Aos 81 anos, o “Tremendão” foi internado no Hospital Barra D’Or, onde precisou ser entubado esta manhã, já em estado grave. Ele já havia passado por outra internação no mesmo hospital no dia 17 de outubro, tendo recebido alta no dia 2 de novembro. “Ressuscitei no Dia de Finados”, brincou na ocasião. A causa da morte ainda não foi informada.

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Erasmo sofria de uma uma síndrome edemigênica. A doença ocorre quando há um desequilíbribrio das forças bioquímicas que mantem os líquidos dentro dos vasos sanguíneos. E geralmente é causada patologias cardíacas, renais ou dos próprios vasos. O tratamento obrigou o cantor a adiar os eventos que realizaria nos Estados Unidos.

Carioca, Erasmo Carlos era filho de mãe solteira e só conheceu o pai quando já tinha 23 anos. Ainda criança, tornou-se amigo de Tim Maia, que ainda era apenas Sebastião. Com ele aprendeu violão e, juntos, apaixonaram-se pelo rock ‘n’ roll e fundaram o The Sputiniks, banda que tinha aquele que seria o grande parceiro de Erasmo: Roberto Carlos. Foi em homenagem a ele que Erasmo incluiu Carlos no nome. Com o fim do grupo, formou o The Boys of Rock, mais tarde The Snakes, que acompanhou Erasmo e Roberto em seus shows solos.

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A dupla ao longo das décadas seguintes faria sucessos como Detalhes, Além do Horizonte, Se Você Pensa, As Curvas da Estrada de Santos, Emoções, É Proibido Fumar, entre um repertório conjunto de cerca de 400 músicas em quase seis décadas, pelas contas do próprio Erasmo.

Ao lado amigo e de Wanderléa, comandou o programa Jovem Guarda, que de 1965 a 1968 na TV Record apresentou aos brasileiros o iê-iê-iê, o movimento cultural influenciado pelos Beatles que mudou a juventude da época. Foi ali que Erasmo ganhou o apelido de Tremendão.

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Minha Fama de Mau, a canção que depois virou nome de sua autobiografia, em 2009, e do filme sobre sua vida com Chay Suede vivendo o cantor, já mostrava porque Erasmo, que tinha 1,93m, também era chamado de o Gigante Gentil.

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