Martine Grael e a pressão de ser a única capitã mulher do Sail GP
“É raro, no esporte, ocasiões em que homens e mulheres competem lado a lado", lembra a velejadora niteroiense, bicampeã olímpica

Sem perder o foco e a objetividade, Martine Grael celebrou a vitória inédita numa regata do SailGP, espécie de Fórmula-1 da vela, na etapa de Nova York, em junho.
Aos 34 anos, a bicampeã olímpica é a primeira mulher a comandar uma equipe na competição internacional que reúne os principais nomes da modalidade. Sob seu comando, estão cinco pessoas no catamarã do time brasileiro, que pode atingir velocidade superior a 90 km/h.
“É raro, no esporte, ocasiões em que homens e mulheres competem lado a lado. Meu jeito de lidar com a pressão é esquecendo desse detalhe, mas lembrando dele nos momentos certos”, explicou a niteroiense.
A próxima parada é em Portsmouth, na Grã Bretanha, em 19 e 20 de julho. Até o final do ano, a filha de Torben Grael, detentor de cinco medalhas olímpicas, encara ainda provas na Alemanha, França, Suíça, Espanha e Emirados Árabes Unidos.
“Já abracei a vida sem rotina”, diz a velejadora, que finalmente competirá por aqui. Cancelada este ano, a etapa brasileira foi confirmada para 11 e 12 de abril de 2026.