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Ludmilla pretende recorrer após perder processo por injúria racial

Apresentador Marcão do Povo foi acusado por ter se referido à cantora como "pobre macaca" durante programa de TV. Advogado defende que frase não foi racista

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
29 mar 2023, 15h01

O apresentador Marcos Paulo Ribeiro Morais, o Marcão do Povo, que se referiu à Ludmilla como “pobre macaca” durante um programa de TV em 2017, foi absolvido da acusação de injúria racial contra a cantora. Em nota oficial, a assessoria da artista afirmou que vai recorrer da decisão da 3ª Vara Criminal de Brasília.

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Na segunda (27), Ludmilla lamentou o ocorrido nas redes sociais e deu indícios que não desistiria de fazer justiça. “Ontem foi mais um dia difícil na vida de quem luta contra o preconceito. Surpreendentemente, mesmo após a utilização dos termos ‘pobre e macaca’ contra mim, o juízo da 3ª Vara Criminal de Brasília entendeu que não houve, por parte do apresentador Marcão do Povo, a intenção de ofender (?!). Pois eu digo: ofendeu, sim. Como pode? Eu, quieta na minha, do nada vem um racista me atacando em rede nacional. Não podemos descansar até que seja feita justiça”, publicou a cantora. Com apoio dos fãs, a frase “Ludmilla merece respeito” chegou aos tópicos mais comentados do Twitter.

A decisão da justiça foi anunciada pelo advogado de Marcão, Rannieri Lopes pelo perfil oficial do apresentador no Instagram. “O juiz entendeu que não teve dolo, não teve vontade, houve apenas um comentário jornalístico, que é resguardado pela constituição e o Marcão do Povo foi absolvido deste crime. Diante disso, abre para o Marcão agora a possibilidade de reparação e danos morais em face das pessoas que o denunciaram e divulgaram”, disse o advogado. Segundo Raninieri, a fala pejorativa do apresentador teria origem regionalista e não racista.

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Em sua sentença, o juiz Omar Dantas Lima entendeu que Marcão do Povo disse a expressão “pobre macaca” como uma crítica inadequada, e não como injúria. “Em que pese o evidente excesso e inadequação da expressão utilizada pelo denunciado, não se vislumbra o ‘animus injuriandi’ na espécie. Não há dúvida de que os fatos em questão geraram indignação e transtornos à vítima. Mas não existe prova segura do dolo específico do agente no sentido de injuriar a ofendida”, escreveu o magistrado.

O episódio ocorreu durante a apresentação da edição brasiliense do “Balanço Geral”, da Record, quando Marcão do Povo comentou uma notícia que envolvia Ludmilla. O apresentador falava sobre os rumores de a cantora não gostar de tirar fotos com fãs. “Uma coisa que não dá para entender, era pobre e macaca, pobre, mas pobre mesmo”, disse ele. Em seguida, emendou: “Eu também era pobre e macaco, falava isso para os meus amigos. Hoje eu digo que sou rico de saúde, graças a Deus”.

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Na época, Ludmilla comentou o caso em sua conta do Instagram:

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“Infelizmente, ainda existem pessoas que não compreendem que a discriminação racial é crime e alguns, ainda usam o espaço na mídia para noticiar mentiras ao meu respeito, ofender, menosprezar e propagar todo o seu odio. Não deixaremos impune tais atos, trata se de um desrespeito absurdo, vergonhoso. Fica evidente que esse cidadão @marcaoapresentadortv não possui nenhum pudor ou constrangimento em ofender alguém em rede nacional. Como já foi dito por Paulo Autran, “todo preconceito é feito da ignorância”, visto que os racistas não possuem um conhecimento de moralidade, tratando sua própria cor de pele como superior e única. Isso tem que ser combatido e farei a minha parte, quantas vezes for necessário”, disse a cantora.

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