Com projeto de empoderamento feminino, Julia Srour é uma Carioca Nota 10

Voltado para pequenas e micro empreendedoras, o programa criado pela adolescente capacita e inspira quem se aventura no mundo dos negócios

Por Renata Magalhães
Atualizado em 8 abr 2025, 19h58 - Publicado em 8 abr 2025, 19h54
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Julia Srour: aos 17 anos, estudante do Liessin ajuda mulheres a ter autonomia e correr atrás de sonhos (Gabriel de Oliveira Soares/Divulgação)
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Ainda pequena, Julia Srour aprendeu sobre empoderamento e como essa é a chave para a independência feminina. Quando a mãe dela, a economista e empresária Ilana Srour, CEO da marca de cosméticos Dermage, implementou um projeto social voltado para os cuidados sobre o câncer de pele na favela Pavão-Pavãozinho, ambas perceberam uma dura realidade: muitas mulheres empreendedoras não conseguem manter seus negócios. Na maior parte dos casos, por falta de conhecimento e, principalmente, suporte.

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Assim, a jovem de 17 anos, aluna da Escola Liessin, decidiu colocar em prática os conhecimentos adquiridos em um curso de negócios concluído em Nova York e criou o projeto Empodera Mulheres, em meados de 2024. “Foi a chance de entrar em contato com uma nova realidade e compartilhar o que aprendi muito cedo dentro de casa com pessoas que não tiveram essa chance”, explica Julia.

O objetivo é capacitar e inspirar mulheres a alcançar seu potencial dentro do mundo dos negócios, promovendo o crescimento econômico e a equidade de gênero. A primeira etapa, iniciada em setembro do ano passado, com uma turma de 15 alunas, consistiu em cursos e workshops sobre habilidades fundamentais, desde o planejamento até a gestão financeira. Depois, foi a hora de personalizar o atendimento com a mentoria de profissionais voltada para os desafios específicos das participantes do curso.

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“O retorno foi muito positivo. Uma artesã, por exemplo, passou a vender muito mais nas feiras em que expõe seus trabalhos. Isso nos deu ainda mais força para continuarmos”, celebra Julia, que convocou economistas, psicólogos e até fotógrafos e maquiadores para participar – um dos momentos mais emocionantes, segundo ela, foi durante um ensaio fotográfico para criar material de divulgação de qualidade para os negócios tocados pelas alunas.

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Uma pesquisa de 2023 do Monitor Global de Empreendedorismo mostrou que o Brasil caminha para ter majoritariamente empresas comandadas por mulheres. De acordo com esse estudo, o público feminino responde atualmente por 54,6% do empreendedorismo potencial (pessoas com as características certas para abrir o próprio negócio), invertendo a posição registrada em 2022, quando a representação masculina respondeu por 55% da participação.

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A grande questão é que, dentro das comunidades, muitas não conseguem levar os negócios adiante, pelos mais variados fatores. “Por isso queremos criar uma grande rede de apoio, para que exista um amparo entre elas e que mesmo um possível fracasso não as impeça de seguir em frente”, almeja Julia, que prevê a abertura de uma nova turma no segundo semestre, com o dobro do número de alunas do ano passado.

“Vamos transmitir conhecimento ao maior número de mulheres para que elas desenvolvam suas empresas e possam ser verdadeiras donas de suas próprias histórias”, conclui a jovem, que antes mesmo de alcançar a maioridade já trilha um belo caminho para chamar de seu.

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