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‘Ela não é cavalo de corrida, tem opinião’, diz advogado de Carol Solberg

Presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz defenderá a atleta, denunciada por gritar "Fora Bolsonaro" em torneio; julgamento, nesta terça (6), foi adiado

Por Cleo Guimarães
6 out 2020, 11h11

Marcado para as 18h desta terça (6), o julgamento da jogadora de vôlei de praia Carol Solberg foi adiado pelo STJD nesta manhã, a poucas horas do horário estipulado. O adiamento aconteceu porque o Superior Tribunal de Justiça Desportiva acatou os pedidos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e do Movimento Nacional de Direitos Humanos – ambos querem se manifestar nos autos do processo.

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Para Felipe Santa Cruz, presidente nacional da OAB e advogado da atleta, os motivos que levaram ao adiamento são positivos. “É bom que outras entidades da sociedade civil estejam manifestando preocupação e solidariedade com o caso da Carol. Acho importante para a formação do convencimento do tribunal”, disse Santa Cruz a VEJA RIO. O advogado vai evocar o princípio da liberdade de expressão na defesa da jogadora. Se for condenada à pena máxima, ela pode levar uma multa de R$100 mil e seis torneios de suspensão.

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“Os atletas são cada vez mais lideranças culturais. Isso acontece em todo o mundo, na NBA, na Fórmula-1. Eles formam pensamentos. A Carol, e eles também, não são como cavalos de corrida, que não manifestam suas opiniões”, diz Santa Cruz. Há uma questão técnica que, segundo o advogado, também merece atenção: em outros esportes e, mais especificamente, no próprio vôlei, não são raras as manifestações de apoio ao presidente Bolsonaro. E nunca houve denúncia aos atletas pró-governo.

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“É incoerente. Não há repercussão, nada acontece. E são todos homens. Então a opinião dos homens é aceita e a de uma mulher, não?“, questiona o presidente da OAB. Na tarde desta segunda (5), Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, disse que considera a medida contra Carol “errada e arbitrária”. Ainda não há nova data para o julgamento em primeira instância.

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