MP abre investigação sobre cachê de R$ 1 milhão de Gusttavo Lima no Rio
Valor do show em Magé, na Baixada, é dez vezes o orçamento do município para o ano inteiro. Denúncias surgiram após discussão de Zé Neto com Anitta
Depois de entrar na mira em Roraima e Minas Gerais, agora é a vez do Ministério Público do Rio de Janeiro investigar Gusttavo Lima. Isso por causa de um show no município de Magé, na Baixada Fluminense, com cachê de 1 milhão de reais.
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Segundo a Folha de S. Paulo, o inquérito foi aberto devido a denúncias. A apuração será feita pela 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Magé.
A contratação chamou a atenção do MP porque o valor do cachê é dez vezes maior que o orçamento da Prefeitura de Magé para atividades artísticas e culturais durante todo o ano. O artista foi escalado como atração principal das comemorações do aniversário da cidade, que completa 457 anos em 9 de junho.
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A prefeitura do município afirmou à Folha que entregou ao MP todas as informações solicitadas sobre o evento. “Temos plena convicção que não há nada de errado no trâmite processual para as contratações”, diz a nota.
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Recentemente, em nota enviada ao mesmo jornal, ele declarou que não pactua com ilegalidades cometidas por representantes do poder público, seja em qualquer esfera. Mas frisou: “Não cabe ao artista fiscalizar as contas públicas para saber qual a dotação orçamentária que o chefe do Executivo está utilizando para custear a contratação.”
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A discussão em torno de cachês de artistas do sertanejo surgiu nas redes depois que Zé Neto, da dupla com Cristiano, criticou Anitta, fazendo referência a uma tatuagem íntima da cantora, e afirmou que os artistas do gênero não precisam recorrer à Lei Rouanet — que envolve renúncia fiscal, ou seja, o governo abre mão de impostos devidos por empresas desde que eles sejam revertidos para projetos culturais. A partir daí, começaram as investigações.
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O show de Gustavo Lima em Conceição de Mato Dentro (MG), previsto para 20 de junho, foi cancelado depois que foi noticiado pela Folha que o cachê tinha sido pago com desvio de verba, já que o dinheiro, obtido a partir da Compensação Financeira pela Exploração Mineral, só poderia ser gasto com saúde, educação, infraestrutura e ambiente.
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