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‘Frankie Amaury’: assassinato do estilista Amaury Veras vai virar filme

Crime que abalou a alta sociedade carioca em 2004 acabou arquivado, depois que o principal suspeito apareceu morto na Argentina

Por Cleo Guimarães
Atualizado em 8 jun 2020, 15h12 - Publicado em 8 jun 2020, 12h24
Amaury Veras: estilista foi encontrado morto em seu apartamento, no Arpoador, em 2004; caso foi extinto após a morte de Frankie Mackey, sócio e principal suspeito  (Youtube/Reprodução)
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Um dos crimes de maior repercussão na cidade no início dos anos 2000, o assassinato de Amaury Veras, no Arpoador, vai ter sua história contada pela sobrinha do estilista, Renata Veras. Ou melhor, o que se sabe da rocambolesca história, já que o processo foi extinto em 2018 – três anos depois de seu sócio, ex-companheiro e principal suspeito, o argentino Frankie Mackey, morrer na cidade de Rosário, em seu país natal. O caso, então, terminou sem uma resposta oficial para a pergunta: “Quem matou Amaury Veras?”. 

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Figuras conhecidíssimas na alta roda carioca, os dois imprimiram seu nome na moda do Rio ao inaugurar, no início dos anos 80, a marca Frankie Amaury, de roupas de couro, cujas peças se tornaram um símbolo de status entre celebridades e socialites até meados dos anos 1990. Amaury foi encontrado morto em 2004, em seu apartamento, na Avenida Francisco Bhering, no Arpoador, com uma echarpe de seda enrolada no pescoço. Inicialmente o caso parecia suicídio, mas a perícia descobriu que, na verdade, ele tinha sido assassinado. Para a polícia, Amaury foi morto por Frankie – de acordo com um relatório do caso, ele o golpeou na cabeça e depois o enforcou. Frankie estava foragido desde 2006, quando teve a prisão preventiva decretada. Ele seria julgado no dia 5 de fevereiro de 2015 mas, na véspera, a defesa apresentou seu atestado de óbito.

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Renata conta que o livro trará um vasto conteúdo inédito sobre o caso. “Reuni provas, anotações, depoimentos reveladores e investigações paralelas”, diz. Segundo ela, há “muitos detalhes perturbadores” e outros quase tragicômicos do dia da morte e da cena do crime. “Foi um grande circo, com a presença de socialites emocionadas relembrando desfiles na sala do apartamento, e vários fotógrafos empoleirados nos coqueiros da orla, ávidos pelo registro da cena.” Renata atualmente mora em Portugal e negocia com uma produtora para lançar um filme sobre o caso – um livro também está nos planos.

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