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Filme Saravah, com Bethânia e Paulinho da Viola jovens, chega ao cinema

Realizado em 1969, longa foi exibido apenas em festivais na França na época; filho do diretor Pierre Barouch restaurou som e imagem para finalmente lançá-lo

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
25 mar 2024, 14h43
Maria-Bethânia-Paulinho-da-Viola
Maria Bethânia e Paulinho da Viola: artistas estão em cena do longa Saravah que ficaram famosas nas redes sociais (Editions Saravah/Divulgação)
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Maria Bethânia e Paulinho da Viola, jovens, estão sentados em uma mesa de bar enquanto cantam, ele, sem camisa, acompanhando ao violão. Essa cena, que se espalhou nas redes sociais nos últimos anos, faz parte do documentário Saravah (1972), do francês Pierre Barouh. Rodado em 1969, o longa, no entanto, jamais havia chegado aos cinemas, o que vai ser corrigido neste ano.

Quem deu a notícia foi o filho de Pierre, Benjamin Barouh, em entrevista ao Estado de S. Paulo. Tudo começou graças à amizade entre Barouh (1934-2016), que era ator, e o multi-instrumentista e compositor Sivuca. Eles se conheceram em Lisboa na década de 50, e, por meio do paraibano, Barouh se aproximou de outros artistas brasileiros de passagem pela Europa, como Baden Powell e Vinicius de Moraes.

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Na década de 60, o ator francês veio ao Brasil participar do longa Arrastão, uma coprodução franco-brasileira, e fez para o filme uma versão para o francês de Samba da Benção, de Vinicius de Moraes, também cantada por Barouh. A música foi parar na trilha de Um Homem e Uma Mulher, filme do cultuado diretor da nouvelle vague Claude Lelouch premiado em Cannes em 1966, protagonizado por Barouh.

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Em 1969, a convite do cineasta francês Pierre Kast, ele veio acompanhar filmagens sobre candomblé na Bahia e no Rio. As sequências previstas para o Rio não deram certo, e Kast ofereceu equipe e material para Pierre Barouh registrasse o que quisesse. Usando seus contatos, ele consegue reunir grandes nomes da música brasileira no despretensioso documentário.

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Entre os artistas que aparecem no filme, está Pixinguinha, que, sentado em um botequim, declama a canção francesa que apresentara na sua célebre viagem com os Oito Batutas a Paris, na década de 20. Em outra cena, Baden Powell, ao violão, acompanha João da Baiana no prato-e-faca, instrumento típico do samba de roda.

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O longa tinha sido exibido apenas algumas vezes em festivais e sessões para amigos, mas a fita original do filme foi encontrada e teve som e imagem restauradas, em projeto capitaneado por seu filho. No fim do ano passado,, aconteceram as primeiras sessões públicas da nova edição do filme. A ideia de Benjamin Barouh é que o longa também chegue ao Brasil, mas ainda não há previsão.

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