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O desabafo de Regina Duarte: ‘Aceitei assustada o convite para a missão’

Atriz está afastada da Secretaria da Cultura e corre o risco de não receber mais a Cinemateca de "presente", como lhe prometeu o presidente Jair Bolsonaro

Por Cleo Guimarães
8 jun 2020, 10h46
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Regina Duarte no dia de sua posse: "Sempre me pareceu nítido que havia uma torcida nas mídias, nas redes sociais, para que a minha gestão não se consolidasse" (Reprodução/Veja.com)
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Depois de dois meses e meio à frente da Secretaria Especial da Cultura de Jair Bolsonaro e ainda à espera de sua nomeação para a direção da Cinemateca Brasileira – o que não deve mais ocorrer, já que o governo federal pretende fechá-la -, Regina Duarte usou sua conta no Instagram para fazer um desabafo. No texto, ela afirma que se assustou com o convite para a “missão” designada por Bolsonaro, e que só o aceitou porque “muita gente, muita gente mesmo”, dizia, “com o olho brilhando de esperança, dizia: ‘Aceita, Regina!'”.

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Ela segue fazendo uma autocrítica: “Minha inexperiência em gestão pública foi crucial para que eu descobrisse, até com certo atraso, que o Projeto de Cultura com que sempre sonhei era inviável, porque eu estava enredada num universo muito mais preocupado com Ideologias do que com Cultura”. Regina também se coloca como alguém que enfrentou a desconfiança e a “torcida contra”, nas mídias e nas redes sociais e diz que edita um vídeo para mostrar o trabalho realizado enquanto esteve à frente da Secretaria. 

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… e por falar em Cultura… … aceitei assustada o convite para a Missão. Aceitei por amor ao meu País, por paixão irrefreável por Arte e Cultura, por confiança no governo Bolsonaro. Aceitei porque muita gente, muita gente mesmo, quando cruzava comigo, em qualquer lugar, com o olho brilhando de esperança, dizia: “Aceita, Regina”! Minha inexperiência em gestão pública foi crucial para que eu descobrisse, até com certo atraso, que o Projeto de Cultura com que sempre sonhei era inviável, porque eu estava enredada num universo muito mais preocupado com Ideologias do que com Cultura. As pressões cotidianas de gente que desconhece a máquina da administração pública foram companheiras constantes. Sempre me pareceu nítido que havia uma torcida nas mídias, nas redes sociais para que a minha gestão não se consolidasse. E sigo Secretária. Não me permito sair deixando incompletas lutas e conquistas para o Setor Cultural. Um exemplo? A Convocação pelo Ministério do Turismo, da reunião do Conselho Gestor da ANCINE para que o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) seja liberado. Editais que darão novo fôlego à Cultura Brasileira serão novamente possíveis. Trabalho ainda na edição de um vídeo com textos e imagens que falam do Projeto de Cultura que pude construir com minha Equipe. Não foi pouca coisa. Em breve vou ter a alegria de comunicar as ações que minha passagem pela Secretaria Especial da Cultura deixa como legado a quem me suceder.

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