As críticas de artistas e da torcida ao anúncio de Virgínia na Grande Rio
Nora do cantor Leonardo foi anunciada como rainha de bateria da escola de Duque de Caxias nesta quinta-feira

O anúncio da influenciadora Virginia Fonseca como a substituta de Paolla Oliveira no cargo de rainha de bateria da Grande Rio, feito nesta quinta-feira, foi motivo de polêmica. A atriz Carol Castro, que já esteve à frente dos ritmistas do Salgueiro, de 2005 a 2006, criticou a escolha.
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A atriz deixou um comentário de apoio a um post da página Seremos Resistência em uma rede social, que lembrava que, em 2026, o enredo da Grande Rio é sobre o movimento manguebeat, surgido para denunciar as desigualdades sociais e a pobreza.
“Aí colocam a Virginia como rainha de bateria, que, há uma semana, estava depondo na CPI das bets justamente por enganar pobre e ganhar dinheiro em cima deles”, seguiu o texto da postagem.
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Carol corroborou: “Isso não pode continuar, certo?”, e foi apoiada por internautas.
“Depois de um desfile belíssimo exaltando a história e cultura do Pará (…) escolher a sra. Tigrinho (…) foi o maior erro da história”, postou um torcedor.
“Não faz parte da comunidade e não entende nada de samba”, alfinetou outro.
Gabriela Lopes fez coro, e disse que “a posse da Virgínia como rainha de bateria da Grande Rio é, no mínimo, um tapa na cara do mundo do samba”. Para ela, o cargo demanda uma conexão real com a cultura e com a comunidade: “O samba é resistência, é história, é raiz”, acrescentou.
A agremiação de Duque de Caxias anunciou a nora do cantor Leonardo como soberana dos ritmistas comandados pelo mestre Fafá em seu perfil na mesma rede social: Virginia é Grande Rio! Bem-vinda, Rainha”,
Pela legenda da postagem, Virgínia Fonseca deverá ficar no posto por ao menos dois anos. Paolla Oliveira permaneceu no cargo, que já havia ocupado entre 2009 e 2010, de 2020 a 2025.