Corrida do Oscar: associação de críticos dos EUA premia Fernanda Torres
Atuação em Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, lhe rendeu reconhecimento na celebração latino-americana do Critics Choice
Há exatos 25 anos, Fernanda Montenegro se tornava a primeira atriz latino-americana a concorrer ao Oscar. À época, sua atuação no filme Central do Brasil lhe rendeu o Urso de Prata no Festival de Berlim. A estatueta da maior premiação do cinema mundial, no entanto, foi parar nas mãos de Gwyneth Paltrow, pelo trabalho em Shakespeare Apaixonado.
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Agora, lançando Ainda Estou Aqui, longa também dirigido por Walter Salles, Fernanda Torres segue os passos da mãe, no tortuoso caminho rumo ao Oscar.
A atriz de 59 anos foi anunciada vencedora do prêmio de melhor atriz em filme internacional na Celebração Latino-Americana de Cinema e TV Critics Choice, a principal associação de críticos de cinema dos Estados Unidos. A cerimônia de entrega do troféu será no dia 22 de outubro.
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“Fiquei muito feliz por ser um prêmio dos críticos latinos, que muita gente bacana já ganhou, como o diretor mexicano Alfonso Cuarón. Era um ano difícil, com atuações muito lindas de outras atrizes, foi uma honra e uma surpresa imensa”, comentou Fernanda Torres.
Com estreia marcada no Brasil para o dia 7 de novembro, Ainda Estou Aqui foi escolhido nacionalmente para tentar uma vaga no Oscar, na categoria melhor filme estrangeiro.
O filme venceu o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza, sendo ovacionado por cerca de 10 minutos após exibição na cidade italiana.
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A história é baseada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, rememorando o drama familiar vivido a partir do sequestro de seu pai por militares durante os anos de chumbo da Ditadura. A mãe dele, Eunice, interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro em diferentes fases, empreende uma busca que durou décadas. O filme foi rodado em negativo, à moda antiga, e montado em Paris, capital francesa.