Por que a atriz Claudia Raia virou alvo de deputado da extrema-direita
"Sempre incentivei o diálogo aberto com meus filhos sobre todos os temas, incluindo educação sexual", respondeu a atriz
Uma declaração da atriz Claudia Raia a um programa de TV português fez com que o deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL-MG), de extrema-direita, registrasse uma notícia-crime contra ela.
Durante a entrevista, a atriz falava sobre a importância dos vibradores em sua vida e contou que deu um dispositivo de presente à filha, Sophia, quando a menina tinha 12 anos de idade. “Na época, eu disse ‘vá se investigar, vá saber do que você gosta'”, disse. Hoje Sophia, fruto do relacionamento da artista com Edson Celulari, tem 22 anos.
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O parlamentar acusa Raia de ter cometido crime previsto no artigo 241-D do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que diz respeito a: “aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso”.
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Caporezzo cita ainda o artigo 17 do ECA, que diz respeito à “inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.”
“A noticiada, Claudia Raia, como figura pública amplamente reconhecida e influente na sociedade brasileira, utilizou-se de seu prestígio e visibilidade em uma rede pública de televisão para relatar condutas que podem configurar crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Código Penal”, diz trecho da denúncia.
Na manhã desta quarta (29), a atriz se pronunciou através de seu perfil no Instagram, alegando que a declaração foi tirada de contexto.
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A notícia-crime solicita que um inquérito policial seja aberto, e a atriz deve ser intimada para prestar esclarecimento.
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