Antonio Florencio de Queiroz Junior é carioca do ano em Sustentabilidade

Presidente da Fecomércio, economista usa a capilaridade do comércio para incentivar um amplo processo de reciclagem em todo o estado

Por Paula Autran
Atualizado em 19 dez 2023, 12h14 - Publicado em 15 dez 2023, 06h00

Queiroz: “Não podemos perder a oportunidade de levar ao mercado soluções que motivem a sociedade a olhar com mais responsabilidade para o mundo”. (Marco Terranova/Divulgação)

Economista com especializações em gestão empresarial, marketing e energias renováveis, Antonio Florencio de Queiroz Junior foi alçado em 2018 à presidência da Fecomércio do Rio com vigor de sobra para reciclar todo o sistema, incluindo o Sesc e o Senac, que precisaram passar por uma intervenção após a prisão do antigo gestor na operação Lava-Jato.

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Entre os esforços para aplicar boas práticas calcadas nos princípios de ESG, que abrange questões ambientais, sociais e de governança corporativa, ele criou em 2021 o primeiro instituto de sustentabilidade ligado a uma federação do comércio no país. O objetivo é ajudar a implantar programas em prol do empreendedorismo social e ambiental em empresas. Desde então, não foram poucas as ações de impacto encabeçadas pela entidade, que em 2023 se tornou signatária do Pacto Global da ONU.

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Neste ano, o instituto foi parar no livro dos recordes, o Guinness Book, por cravar o feito de, durante os quatro dias de desfiles da Sapucaí, ter liderado a maior reciclagem de todos os tempos. Com as máquinas RePET e ReVidro, para triturar resíduos, coletou-se 4 toneladas de garrafas plásticas e 12 de latinhas, além de 300 litros de óleo. Já há cerca de 100 delas em ação em estações de metrô, pontos turísticos e aeroportos. Outra iniciativa, capitaneada pelo Sesc, é o Mesa Brasil, programa de combate à fome e ao desperdício que incentiva o aproveitamento de alimentos fora do rigoroso padrão comercial, que seriam descartados.

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“O comércio, por ser uma porta de entrada para milhares de jovens no mercado de trabalho, é um grande indutor educacional”, acredita Queiroz, 66 anos, lembrando que o setor representa quase 80% do PIB fluminense. “Não podemos perder a oportunidade de levar ao mercado soluções que motivem a sociedade a olhar com mais responsabilidade para o mundo.” Ponto para o planeta.