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Carioca Nota 10: Ângela Nogueira toca o Clubinho do Samba, que oferece aula grátis de música

Viúva de João e mãe de Diogo coordena projeto social voltado para a formação e capacitação de crianças e jovens dentro do Imperator, no Méier

Por Renata Magalhães
16 ago 2024, 06h06
Atitude transformadora: idealizou o Clubinho do Samba, que recebe crianças e jovens para aulas gratuitas de música no Imperator
Atitude transformadora: Ângela idealizou o Clubinho do Samba, que recebe crianças e jovens para aulas gratuitas de música no Imperator (Leo Lemos/Divulgação)
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“Melhor é viver cantando as coisas do coração”, eternizou João Nogueira em Clube do Samba, hino sobre o movimento criado em 1979 para fortalecer nossa cultura durante a “invasão” da discoteca americana. Ao longo de décadas, grandes nomes como Beth Carvalho, Cartola e Ivone Lara se juntaram em animadas rodas na casa do músico, na Zona Norte do Rio. Com sua precoce partida no ano 2000, coube a sua esposa, Ângela Nogueira, tocar o show — e trazer uma turma nova a reboque. “Foi a maneira de transformar a ausência e o luto em algo maior”, lembra ela.

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Depois de bater em muitas portas, a empresária conseguiu concretizar um projeto social voltado para a formação e capacitação de crianças e jovens dentro do Imperator, centro cultural inaugurado no Méier com o nome de seu marido. Ao longo de dez anos, o Clubinho do Samba atendeu mais de 1 500 alunos com aulas de violão, cavaquinho, percussão e teatro. Desde o início do ano, canto e capoeira também entraram na grade de atividades oferecidas gratuitamente. “Depois que meus filhos cresceram, tive a síndrome do ninho vazio. Agora consegui resgatar a tradição de sempre ter a casa cheia”, comemora.

“A arte mexe com o cognitivo e o emocional, e cria confiança para que eles possam ser tudo o que desejarem no futuro”

O sambista Diogo Nogueira, filho de Ângela, investiu financeiramente e vive dando pinta por lá para conversar com a criançada. Suas irmãs Clarisse e Tatiana trabalham na coordenação do projeto, que tem patrocínio da prefeitura por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Os alunos vêm de mais de trinta escolas públicas do Méier e arredores, que se inscrevem em um chamado lançado todo início do ano, mas interessados podem entrar a qualquer momento através de uma lista de espera.

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Além das aulas, realizadas uma vez por semana, com duração de uma hora e meia, o Clubinho do Samba oferece atendimento psicopedagógico para quem precisa melhorar o desempenho acadêmico. “Busco fazer intercâmbio com outras ações da cidade, como escolas de idioma e natação, para ampliar cada vez mais o horizonte desses meninos e meninas”, frisa Ângela, que também faz parcerias com espetáculos teatrais para levar a molecada às plateias. “A arte mexe com o cognitivo e o emocional, e cria confiança para que eles possam ser tudo o que desejarem no futuro”, completa. Os novos membros desse clubinho que o digam.

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