Fernanda Torres brilha como carioca do ano na categoria Cinema
Em destaque por sua atuação no premiado Ainda Estou Aqui, a atriz emocionou o Brasil e o mundo — e ainda pode levar o Oscar
Em 2024, o mundo descobriu o que a gente já sabia havia tempo. No papel de Eunice, a mulher do ex-deputado Rubens Paiva, morto pela ditadura militar, Fernanda Torres teve sua interpretação em Ainda Estou Aqui elogiadíssima e foi alçada a “ícone global” pela revista Vanity Fair, que a situou no rol das dez mais cotadas para receber a estatueta de melhor atriz no Oscar, ao lado de Angelina Jolie e Nicole Kidman. A mesma publicação, junto a outras, avalia que a película de Walter Salles é forte concorrente também na categoria de melhor longa internacional.
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A última vez que isso ocorreu foi em 1999, com outro filme de Waltinho, Central do Brasil, em que Fernanda Montenegro, sua mãe, estava no páreo em Hollywood, mas acabou não levando o prêmio máximo do cinema. Em outubro, Fernandinha já garantiu a láurea de melhor atriz em filme internacional no Critics’ Choice Awards, capitaneado pela maior associação de críticos de cinema e TV dos Estados Unidos e Canadá — espécie de termômetro das indicações da Academia.
Aos 59 anos, a atriz, escritora e roteirista carioca, que já foi cronista de VEJA RIO e tem rico percurso no cinema, na televisão, no teatro e na literatura, foi agraciada lá atrás, em 1986, com a Palma de Ouro de melhor atriz no Festival de Cannes, conquistada aos 20 anos, com Eu Sei que Vou Te Amar. Em Ainda Estou Aqui, que até agora cravou a segunda maior bilheteria no cenário pós-pandêmico, ela não apenas remexe as entranhas de um regime que abriu uma funda ferida no país, mas revive um Rio onde passou a infância e que reencontrou nas filmagens, rodadas em mais de vinte bairros, como a Urca — endereço do imóvel alugado para reproduzir a casa da família Paiva.
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“É um bairro parado no tempo, com os barquinhos na baía e um sol poente tão lindo, que sobreviveu ileso à corrida imobiliária”, diz. “Filmar por lá foi um presente. Todos os dias eu ia para o set ouvindo Ella Fitzgerald, que achava que a Eunice escutava, dirigindo meu carro pela cidade que me criou. Foi como uma viagem no tempo.” Viagem esta que já a levou longe.
Cariocas do Ano 2024 é promovido pela VEJA Rio com apoio da Prefeitura do Rio, Secretaria Municipal de Turismo do Rio e Brasil Surfe Clube, parceria do Roxy Dinner Show e fornecedor oficial Salton.
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