Camila Pitanga se inspirou em documentário para criar vilã de Beleza Fatal
Ela diz que "despudor" de mulher entrevistada em Um Lugar ao Sol (2009), de Gabriel Mascaro, foi a chave para entender a Lola da novela, sucesso no streaming
Por
SEGUIR
SEGUINDO
4 fev 2025, 15h10
Protagonista da novela Beleza Fatal, que estreou dia 27 de janeiro no Max, Camila Pitanga contou que buscou inspiração no filme Um Lugar ao Sol (2009), de Gabriel Mascaro, para interpretar a vilã Lola na trama, influenciadora e dona de um império no ramo da estética.
“É um documentário sobre pessoas ricas que moram em coberturas em Recife, São Paulo e Rio de Janeiro. Tem uma cena em que uma mulher fala que admira os tiros de fuzil que ela vê de cima da cobertura dela“, disse a atriz no programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda (3).
+ Caetano Veloso recebe 10 mil reais de indenização por comentário na web
“Aquilo que, para mim, é absurdo, ela falava com naturalidade. Eu vi e pensei nisso como uma chave para entender a Lola. Foi bom ter visto esse filme, para pensar nesse despudor que a gente vê não só nas novelas. A gente vê pessoas cometendo constrangimentos, seja do conservadorismo, do racismo, o tempo todo”, ponderou.
“Confesso que tive muita dificuldade de entender a Lola, de aceitá-la. De pensar no que eu poderia emprestar meu para ela. Com o tempo, fui entendendo que é uma mulher que viveu violências e que tem essa estética do ataque, da ironia, do despudor. E isso é irresistível em uma novela”, analisou.
Escrita por Raphael Montes e dirigida por Maria de Médicis, Beleza Fatal vem sendo bastante elogiada. Na história, Lola (Camila Pitanga) é uma mulher sem escrúpulos que armou para que a própria prima, Cléo (Vanessa Giácomo), fosse culpada por um crime que não cometeu.
Anos mais tarde, a filha dela, Sofia (Camila Queiroz), volta para garantir que a justiça seja feita. Giovanna Antonelli, Marcelo Serrado, Murilo Rosa e Caio Blat são outros nomes de destaque na trama.
+ Por que Anitta se estressou no palco durante show em Belo Horizonte
Na entrevista ao Roda Viva, Camila falou, ainda, sobre a representatividade de atrizes negras em papéis de destaque na teledramaturgia brasileira. “Tem a ver com um espelho da sociedade, que também vocacionou que estava insustentável a maneira como a representação existia, de pretos e brancos”, argumentou.
“Quando você Jessica Ellen, Duda Santos, Gabz, agora Taís Araujo, bela, e eu (risos). Eu acho que isso é uma resposta… É uma via de mão dupla do que… Também enquanto mercado, vamos combinar que somos, também, consumidores”, disse.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Moda carioca triste: fecha uma das lojas mais bonitas do Rio
Cristo Redentor vira centro de disputa entre Igreja e gestão ambiental
Bora petiscar? A lista completa dos participantes do Comida di Buteco 2025
Sete décadas de parceria com o Rio de Janeiro
Novo epicentro gastronômico do Rio, Horto ganhará mais um restaurante
