Atriz Barbara Reis reflete sobre o racismo no teatro e na TV
Ela encarna a veterana Ruth de Souza no espetáculo Ruth & Léa, que estreia no sábado (7), no Teatro Gláucio Gill, em Copacabana

Hoje considerada uma das maiores artistas da história do país, Ruth de Souza (1921-2019) ouviu diversas vezes de diretores que adorariam tê-la em suas novelas ou peças, mas não tinham um papel para ela. O motivo era só um: a pele negra.
A fim de exaltar quem desbravou tortuosos caminhos no passado, Barbara Reis, 35, encarna a veterana no espetáculo Ruth & Léa, que estreia no sábado (7), no Teatro Gláucio Gill, em Copacabana.
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O musical também joga luz à trajetória de Léa Garcia (1933-2023), defendida por Ivy Souza. “O racismo não permitiu que elas tivessem metade das oportunidades de Fernanda Montenegro, por exemplo”, analisou Barbara, que vai conciliar a peça com o início das gravações de Três Graças, trama de Aguinaldo Silva que substituirá Vale Tudo.
“Minha personagem é rica, mora no exterior e passa pelo drama de tentar engravidar. Um papel desses para uma negra era impensável até pouco tempo atrás”, reflete a atriz, que também toca uma produtora teatral com o marido, Raphael Najan.
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“Formamos um bom par. Eu sou a palha, e ele gosta de incendiar, então pensamos em projetos o tempo todo”, concluiu, sem tempo para pisar no freio.