“As pessoas não estão prontas”, diz Paolla Oliveira sobre críticas a Heleninha

Intérprete da artista plástica do remake da Globo, que sofre com o alcoolismo, a atriz conta que esperava ser uma porta-voz das pessoas acometidas pela doença

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
15 jul 2025, 15h00
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Paolla Oliveira: atriz vive a artista plástica Heleninha Roitman, que sofre com a dependência do álcool (Globoplay/Reprodução)
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Vivendo a artista plástica Heleninha Roitman no remake da novela Vale Tudo, na Globo, Paolla Oliveira rebate críticas à personagem, que, na trama, sofre com o alcoolismo. A partir desta semana, ao perceber a reaproximação entre Ivan (Renato Góes)  e a ex, Raquel (Taís Araujo), Heleninha terá cada vez mais recaídas com a bebida.

“Eu tinha essa expectativa de ser uma porta-voz. E de fazer bem, para que as pessoas se sentissem representadas, mas é difícil. Porque se ver representado num lugar tão difícil como esse pode gerar desconforto. O que eu mais faço o tempo todo é não sair do foco de transmitir a delicadeza e a intensidade desse problema”, disse ela ao jornal Extra.

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“Venho me surpreendendo com a recepção do público. Todos sabem que o alcoolismo é uma doença, mas não sabem como os alcoolistas se portam”, admira-se a atriz.

Paolla conta que se surpreendeu ao se deparar com gente achando que o alcoolismo é uma doença de super-ricos, privilegiados — como é o caso da família de sua personagem, que, na novela original, de 1988, foi interpretada por Renata Sorrah.

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“Em vez de se aproximarem da Heleninha — era essa minha expectativa —, essas pessoas estão se afastando, julgando. Em contrapartida, vejo muita gente entendendo. O importante é abordar o tema. Se a gente não levanta a bola, não tem jogo”, acredita.

A atriz conta que, para construir a personagem, teve contato com pessoas que sofrem com a enfermidade, e que uma familiar sua também sofre com o alcoolismo. “Ela está bem, mas não se livra, né? É um problema que não tem cura. Eu não convivo com a pessoa, mas eu sei que ela e os mais próximos lidam com a doença”, afirma.

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“O caso é diferente da maioria dos que eu costumo ouvir falar, tem um acolhimento. A doença tem vários níveis, os estragos podem ser diferentes. Mas essa está ali, eu vejo a batalha”, pondera.

Ela comenta que também foi a reuniões do AA (Alcoólicos Anônimos) e conversou com psicólogos e psiquiatras. Além disso, é acompanhada por dois adictos (pessoas que sofrem de dependência de alguma substância — no caso, o álcool) em recuperação há mais de trinta anos. “Estou vendo muito de perto”, garante a atriz.

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“Inclusive, tenho próximas a mim pessoas com diagnósticos que normalmente vêm acompanhados do alcoolismo, como bipolaridade e obsessão compulsiva, que também é a situação da Heleninha. Tenho sido procurada por quem tem a doença. Sou alimentada por histórias reais”, detalha Paolla.

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