Anúncio de candidatura de Felipe Neto à presidência era jogada de marketing
Vídeo publicado nesta quinta (3) faz parte da campanha de lançamento da versão em audiolivro do romance distópico 1984, do inglês George Orwell

Nesta quinta (3), Felipe Neto causou muita repercussão ao publicar um vídeo em que se lançava como pré-candidato à presidência da República. No discurso, ele mencionava planos para criar uma nova rede social, chamada “Nova Fala”, e justificava sua decisão com base no que chamou de “domínio da informação” e no desejo de se tornar “guardião da verdade”.
Após a surpresa inicial com a notícia, alguns internautas começaram a questionar se o anúncio não seria uma jogada de marketing, e outros apontaram semelhanças com o livro 1984, lançado em 1949 pelo inglês George Orwell.
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Bingo: hoje ele divulgou outro vídeo, em que explica que a publicação anterior faz parte da campanha de lançamento de uma versão da obra em audiolivro, com as vozes de Lázaro Ramos, Alice Carvalho, Mateus Solano e Milhem Cortaz. No livro, um governo autoritário manipula informações e reescreve a história de acordo com seus interesses.
“Bom, gente. É óbvio que eu não vou me candidatar a coisa alguma. E eu espero, do fundo do coração, que vocês não tenham acreditado. O que eu queria era chamar a sua atenção. Então, preste atenção: tudo que eu falei naquele vídeo, que eu me candidatei à presidência da República, é o oposto do que eu acredito”, diz ele nas imagens.
“Foram falas autoritárias, que eu fiz de propósito. E, se você acreditou, ou pior, se você gostou do que eu falei, talvez você precise ler um pouco mais”, provoca o influenciador. O texto trazia referências diretas ao romance distópico de George Orwell.
O objetivo da campanha, segundo Felipe Neto, é incentivar o hábito da leitura e destacar o papel transformador da literatura. “A literatura é a maior arma que uma sociedade tem para enfrentar qualquer tipo de autoritarismo. Os livros têm o poder de transformar esse país, com certeza, para melhor”, defende.
No vídeo, o influenciador frisa que não irá criar uma rede social para espionar os usuários. “É claro que eu não vou lançar rede social nenhuma, para monitorar, para controlar as pessoas. Afinal, infelizmente, isso já acontece”, critica.
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