Antes da prisão do chefe: Secretária de Saúde de Crivella pede para sair
De acordo com o texto publicado no Diário Oficial desta terça (22), exoneração de Beatriz Busch foi "a pedido", dez dias antes do fim da gestão
Era ela quem sempre estava ao lado do prefeito Marcelo Crivella nas entrevistas coletivas do então prefeito da cidade para anunciar novas medidas de flexibilização (ou de isolamento) durante a pandemia. Um dia antes de seu chefe ser preso, no entanto, a parceria acabou.
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Secretária Municipal de Saúde nos últimos dois anos e meio, Ana Beatriz Busch teve a exoneração de seu cargo publicada no Diário Oficial desta terça (22), a pouco mais de uma semana do fim do mandato de Crivella – no mesmo dia em que o prefeito foi preso, por suposta participação em esquema de corrupção.
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De acordo com o texto publicado no D.O, a exoneração foi a pedido da secretária. Em nota, Busch agradece a oportunidade de servir à prefeitura e não justifica os motivos que a levaram a pedir seu afastamento a poucos dias do fim da gestão. O subsecretário Jorge Darze assume o seu lugar até o dia 31.
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Veja a íntegra da nota divulgada por Ana Beatriz Busch:
“Quero agradecer a oportunidade dada pelo prefeito Marcelo Crivella de servir por dois anos e meio à frente da Secretaria municipal de Saúde, onde atuei em defesa do SUS e do bom atendimento à população da cidade do Rio. Em momento tão delicado por causa da pandemia de Covid-19, conseguimos junto ao Ministério da Saúde um aumento de R$ 200 milhões no teto MAC – repasse por procedimentos de média e alta complexidade, pleito que perseguimos desde o início da gestão. Com esse reforço de orçamento, que será muito bem-vindo ao novo governo, considero encerrada minha trajetória na SMS. E desejo ao meu sucessor sucesso na condução dos enormes desafios da saúde do Rio. Sou servidora pública municipal há mais de 23 anos, a primeira mulher a chefiar a pasta e seguirei com a convicção de que onde estiver, defenderei uma saúde pública melhor e com mais recursos”.